Caio Fernando Abreu
O autor, jornalista e dramaturgo brasileiro, Caio Fernando Abreu é um dos principais nomes da nossa literatura. Saiba mais sobre o escritor.
A literatura brasileira é marcada por grandes escritores e poetas que não só marcaram uma geração, como ainda são referência de nossa arte, e de toda uma era.
Sendo assim, um desses artistas que até hoje é reverenciado por sua obra é Caio Fernando Abreu. O escritor sulista nos deixou a alguns anos, mas sua arte ainda permanece viva em nossa literatura.
Isso porque além de escritor, Caio era um grande jornalista e dramaturgo brasileiro. Como jornalista, já trabalhou em grandes veículos jornalísticos de nosso país.
Biografia de Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu nasceu em Santiago do Boqueirão, no interior do Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro de 1948. Logo no início da juventude já demonstrou habilidade com as palavras. O autor escreveu seu primeiro texto aos seis anos de idade.
Da cidade onde nasceu, o escritor e sua família se mudaram para Porto Alegre em 1963. Na cidade cursou o colegial e publicou seus primeiros textos. Em 1966 foi publicado seu primeiro conto, “O Príncipe Sapo”, pela revista Cláudia.
Ainda neste ano o escritor começou a escrita de “Limite Branco”, seu primeiro romance. Um ano depois, começou seus estudos no curso de Letras e de Artes Cênicas, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, porém não se formou.
Seu trabalho jornalístico começou em 1968, quando Caio Fernando Abreu se muda para São Paulo. A mudança ocorreu após ter passado em um concurso nacional para trabalhar na redação da revista Veja. Além disso, foi justamente nesta época que conhece Cazuza, e se tornam grandes amigos.
Ditadura Militar
Caio Fernando de Abreu era um jovem à sua época, e vivia uma vida repleta de música, artes, bebidas e drogas. Portanto, como vários artistas que tinham um estilo de vida parecido, foi perseguido pela ditadura militar no início dos anos de 1970.
Em 1971 o escritor e jornalista se muda para o Rio de Janeiro. Na nova cidade trabalha como pesquisador e redator das revistas Pais e Filhos e Manchete. Entretanto, sua estadia na cidade maravilhosa foi curta. No mesmo ano volta para Porto Alegre e é preso por porte de drogas.
Anos depois, fugindo da repressão da ditadura, se exila na Europa. No continente morou em Estocolmo e Londres. Sua vida em solo europeu foi bastante diferente da no Brasil. Isso porque lá, Caio Fernando de Abreu teve que trabalhar como lavador de pratos para sobreviver.
Sendo assim, sua estadia na Europa foi curta. Já em 1974 o escritor volta para Porto Alegre, agora escrevendo peças teatrais, além de colaborar com veículos jornalísticos do país.
Obras de Caio Fernando Abreu
Logo após sua volta ao Brasil, Caio Fernando Abreu lança seu terceiro livro, “O Ovo Apunhalado” (1975). A obra conta com 21 contos divididos nas partes ‘ALFA’, ‘BETA’ e ‘GAMA’. O livro levanta a reflexão sobre os acontecimentos da ditadura militar.
Sendo assim, obviamente o livro passou por cortes da censura. Entretanto, mesmo com a censura sofrida, o livro foi considerado como um dos melhores daquele ano, recebendo menção honrosa no Prêmio Nacional de Ficção.
Já em 1982 foi lançado outro grande clássico do autor. Estamos falando de seu livro mais famoso, “Morango Mofados”. A obra se trata de outro livro de contos, esses por sua vez divididos também em três partes: O Mofo; Os Morangos e Morangos Mofados.
Ao longo de sua carreira, o autor ganhou três vezes o Prêmio Jabuti, todas na Categoria Contos, Crônicas e Novelas, pelas obras “O Triangulo das Águas” (1984), “Os Dragões Não Conhecem o Paraíso” (1898) e “As Ovelhas Negras” (1995).
Além disso, recebeu o Prêmio Moliere pela obra “A Maldição do Vale Negro” (1988), por seu trabalho realizado junto com Luiz Artur Nunes. Além disso, em 1991 ganha o Prêmio APC, pelo romance “Onde Andrá Dulce Veiga?”.
Morte
Em 1994 o escritor descobre que é portador do vírus HIV. Na ocasião, ele trabalhava para O Estado de S. Paulo, onde escreve crônicas semanais. No jornal, o autor resolve escrever um série de três cartas chamadas “Cartas para Além do Muro”, onde revela sua doença.
Caio Fernando Abreu faleceu dois anos após descobrir sua doença, no dia 25 de fevereiro de 1996, em Porto Alegre.
Obras de Caio Fernando Abreu
- Limite Branco (1971);
- O Ovo Apunhalado (1975);
- Pedras de Calcutá (1977);
- Morangos Mofados (1982);
- Triângulo das Águas (1983);
- As Frangas (1988);
- Mel e Girassóis (1988);
- Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988);
- A Maldição do Vale Negro (1988);
- Onde Andará Dulce Veiga? (1990);
- Ovelhas Negras (1995);
- Estranhos Estrangeiros (1996);
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