Campo de batalha: como as plataformas de streaming chegaram ao confronto?
Uma guerra travada para quem consegue alcançar o maior número de usuários atualmente. Quem vai sair dessa levando a maior vantagem?
De acordo com Mark Boidman, sócio e chefe global de mídia da Solomon Partners, em uma entrevista ao Yahoo Finance, a guerra do streaming passou por uma transformação, deixando de ser uma corrida puramente por assinantes para se tornar uma competição por receitas publicitárias, impulsionada por uma busca maior por lucratividade.
Essa mudança significa que as batalhas no campo do streaming não se limitam mais a uma plataforma contra a outra. Boidman descreveu a competição no campo do streaming como “um tipo diferente de batalha”, em que as plataformas enfrentam a televisão aberta e sua significativa receita publicitária.
De acordo com dados recentes da eMarketer, os gastos com anúncios de TV nos EUA atingiram a marca de US$ 66,64 bilhões em 2022, um aumento de mais de US$ 5 bilhões em relação ao ano anterior.
Apesar das expectativas de queda nos gastos com anúncios nos próximos cinco anos, o especialista argumenta que a criação de valor para os acionistas por meio da captura da receita publicitária proveniente da televisão aberta é uma oportunidade que todas essas empresas estão buscando aproveitar.
Em suas previsões, Boidman destacou que o cabo caminha para a obsolescência nos próximos 10 anos, o que representa uma significativa oportunidade para as empresas de streaming não apenas em relação ao alcance de novos públicos, mas também para conquistar uma fatia dos investimentos em publicidade.
Isso também pode significar o fim da televisão tradicional e a preferência pelas plataformas de streaming.
Quem pode disparar na corrida pelo lucro?
A Disney (DIS) anunciou seus planos de otimizar seu modelo de preços, visando aumentar a receita proveniente de assinaturas premium sem anúncios, ao mesmo tempo em que impulsiona o crescimento de assinantes que optam pela opção de custo mais baixo com anúncios.
Em dezembro do ano passado, a empresa lançou uma opção de assinatura com anúncios com um preço de US$ 7,99.
Além disso, a Disney anunciou seus planos de oferecer em breve uma experiência de aplicativo único no mercado doméstico que combinará o conteúdo do Hulu com o Disney+, seguindo uma abordagem semelhante à integração do Showtime pela Paramount.
Essa estratégia também incluirá a integração do HBO Max e Discovery+ em sua oferta.
Durante a apresentação virtual inicial da Netflix no início deste mês, a plataforma revelou que seu plano de assinatura baseado em anúncios, chamado de “Básico com anúncios”, conta com 5 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo, uma métrica considerada importante para os anunciantes, de acordo com Jeremi Gorman, presidente mundial de publicidade da Netflix. O plano foi lançado em novembro.
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