Carga horária do NOVO ensino médio é definida; veja o que muda para os alunos
Novo ensino médio terá diretrizes específicas, o que inclui carga horária e itinerários formativos, para reorganizar a educação básica.
O Ministério da Educação (MEC), sob a liderança de Camilo Santana, aprovou recentemente diretrizes significativas para o novo ensino médio. A homologação, anunciada no dia 13 de novembro de 2024, representa um passo fundamental na reorganização dessa etapa educacional.
A resolução foi previamente sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A elaboração do documento contou com ampla discussão e participaram do processo o Conselho Nacional de Secretários de Educação, os conselhos estaduais e equipes técnicas das redes de ensino.
O documento visa estabelecer uma nova estrutura para o ensino médio, ao focar em uma maior integração entre disciplinas tradicionais e itinerários formativos.
Carga horária de estudo muda e ensino médio tem formação presencial obrigatória (Imagem: reprodução/DeltaWorks/Pixabay)
Estrutura e carga horária do novo ensino médio
Segundo as novas diretrizes, cada escola deverá oferecer pelo menos dois itinerários formativos. A carga horária mínima foi definida em 2.400 horas para disciplinas básicas e 600 horas para as eletivas, distribuídas ao longo dos três anos de ensino. Para os cursos técnicos, a carga horária varia conforme a duração:
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2.100 horas para cursos técnicos de 1.000 ou 1.200 horas;
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2.200 horas para cursos de 800 horas;
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2.400 horas para cursos de qualificação técnica.
Projeto de Vida e ensino noturno
Uma das inovações é o Projeto de Vida, que visa ajudar os alunos a desenvolverem habilidades e interesses. A iniciativa será trabalhada durante todo o período do ensino médio por meio de workshops, mentorias e projetos práticos.
O ensino noturno agora terá mais flexibilidade ao permitir ajustes na carga horária para facilitar a conciliação dos estudos com o trabalho.
Formação técnica e interdisciplinaridade
Os itinerários formativos no ensino técnico devem integrar formação profissional com as disciplinas tradicionais, mas com a promoção da interdisciplinaridade.
Tal abordagem busca evitar que o tempo escolar seja direcionado apenas para atividades profissionalizantes, a fim de manter o foco na formação básica. Para implementar essas diretrizes, o MEC tem formado mais de 200 técnicos em todos os estados.
A capacitação dos professores também está prevista para assegurar que as novas disciplinas sejam ofertadas de maneira eficaz pela docência.
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