Celular na escola: aprovada nova lei que bane aparelhos das salas de aula
Assembleia Legislativa do maior estado do país determinou restrição ao uso de celulares nas escolas. Decisão aguarda sanção do governador.
Em uma decisão unânime, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de celulares por estudantes em escolas públicas e privadas do estado. A medida, estipulada para todas as fases da educação básica, ainda depende da sanção do governador Tarcísio de Freitas para ser implementada.
O projeto de lei, liderado pela deputada estadual Marina Helou (Rede), com o apoio de outros 40 parlamentares, visa restringir o uso de dispositivos eletrônicos com acesso à internet em todos os ambientes escolares.
No entanto, exceções são permitidas para fins educativos e em casos de necessidades especiais. O objetivo da medida é minimizar distrações e melhorar a concentração dos alunos.
A proibição abrange desde o ensino infantil até o médio, durante aulas, recreios e intervalos. Estudantes que levarem aparelhos para a escola deverão mantê-los guardados de forma segura.
Regulamentação e apoio popular
O texto da lei aguarda apenas a assinatura do governador para entrar em vigor. Se aprovada, a nova regra começará a valer no próximo ano letivo, e São Paulo se tornará o primeiro estado a implementar essa restrição total, embora outros já tenham adotado medidas semelhantes, porém limitadas à sala de aula.
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em outubro revelou que 62% dos brasileiros acima de 16 anos apoiam a proibição, indicando que a população acredita nos potenciais benefícios ao aprendizado. A proposta uniu partidos de diferentes espectros políticos na Assembleia.
Discussões também ocorrem a nível federal
A questão das telas nas escolas também está sendo debatida em nível federal. O Ministério da Educação anunciou, em setembro, o apoio a um projeto de lei que pretende regulamentar o uso de dispositivos eletrônicos em instituições de ensino de todo o país.
O projeto já foi aprovado na Comissão de Educação e aguarda análise pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para votação no Senado.
A exemplo de São Paulo, a proposta federal autoriza exceções para fins pedagógicos, de acessibilidade, inclusão e saúde. O apoio governamental busca harmonizar as legislações estaduais com uma política nacional uniforme.
Com a proximidade da sanção do governador, a expectativa é que as escolas paulistas comecem a preparar-se para a nova legislação. A ideia é integrar a medida ao cotidiano escolar de forma eficiente, garantindo que os alunos possam usufruir de um ambiente mais focado e propício ao aprendizado.
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