Chefes reclamam, jovens discordam: afinal, por que a Geração Z é demitida tão cedo?
Pesquisa revela as principais dificuldades enfrentadas por profissionais da geração Z no ambiente de trabalho.
A geração Z, que engloba jovens nascidos entre 1997 e 2012, tem enfrentado desafios significativos no mercado de trabalho. Um estudo recente indicou que os profissionais dessa geração frequentemente permanecem apenas alguns meses em seus empregos.
A pesquisa foi realizada pela revista Intelligent.com e contou com a participação de 966 líderes empresariais nos Estados Unidos.
Essa tendência tem gerado preocupação entre os empregadores, que relatam dificuldades em lidar com o comportamento e a performance desses jovens. De acordo com a pesquisa, 75% das empresas afirmaram que os recém-formados apresentaram desempenho insatisfatório em 2024.
Principais dificuldades das empresas com a geração Z
Entre as principais reclamações dos gestores, está a falta de iniciativa e profissionalismo dos jovens trabalhadores da geração Z. Aproximadamente 50% dos líderes mencionaram a falta de iniciativa como um problema grave, enquanto outros destacaram a desorganização e a comunicação deficiente.
A apresentação e a postura também foram citadas como desafios. Muitos jovens chegam atrasados, não vestem roupas adequadas ou utilizam linguagem imprópria em interações profissionais.
Mais da metade dos gestores afirma que esses profissionais não estão preparados para o mercado.
Diante desse cenário, universidades nos Estados Unidos têm implementado medidas para preparar melhor seus alunos. A Universidade do Estado de Michigan, por exemplo, começou a oferecer aulas focadas em networking e em captar sinais de desinteresse durante conversas profissionais.
Práticas controversas no ambiente de trabalho
Além dos desafios comportamentais, uma pesquisa da PapersOwl revelou que grande parte dos jovens profissionais acredita ser aceitável “enrolar” no trabalho. Muitos admitiram tirar “férias silenciosas” ou utilizar o “coffee badging” para escapar do ambiente de escritório.
- 46% citaram desgaste mental como motivo para essas práticas.
- 36% apontaram questões familiares.
- 28% mencionaram dificuldades em obter aprovação de folgas durante feriados.
Outra informação importante é que a busca por flexibilidade é um fator determinante para muitos jovens. Para 66% dos que adotaram o “golpe do cafezinho”, a flexibilidade no trabalho era o principal motivo. Além disso, 41% preferem trabalhar fora do ambiente corporativo tradicional.
Fatores de motivação
Para conquistar a geração Z, as empresas precisam considerar seus desejos de motivação. Embora 50% mencionem um aumento salarial como incentivo, um ambiente de trabalho menos tóxico e mais positivo é igualmente importante para 31% dos entrevistados.
Além disso, o reconhecimento pelo desempenho e tarefas desafiadoras são fatores que também podem motivar esses jovens a se dedicarem mais a suas funções.
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