Chineses aposentados enfrentam cortes nos direitos médicos e contestam ação

Aposentados na China podem estar com os seus benefícios de saúde com os dias contados. Na última quinta-feira, 15, as ruas do país se viram cheias de protestantes que queriam mostrar ao presidente Xi Jinping que são totalmente contra os corte de despesas que irão prejudicá-los.

De acordo com o governo, este seria um tipo de reforma. As mudanças vão servir para que novos aposentados sejam incluídos no benefício, logo farão uma espécie de redistribuição dos cadastros. Nem todos estão a favor da decisão.

Aposentados da China fazem protesto contra o governo

Os primeiros protestos aconteceram em Wuhan ainda no dia 8 de fevereiro. Outros foram criados ao norte da China, em Dalian. As autoridades disseram que os protestos sequer foram percebidos e que não sabiam como comentar o ocorrido. Em entrevista à BBC, um protestante disse que havia policiais na manifestação que bloquearam as áreas de manifestações para impedir que outras pessoas pudessem participar do movimento.

O governo chinês havia anunciado que romperia o vínculo participativo dos aposentados nas despesas de saúde. Coincidentemente, a mudança foi prevista quando o país saiu do foco de epidemia da Covid-19 há pouco tempo.

E indo contra o posicionamento do governo, a crítica apontou que a real intenção dos cortes previdenciários seria para que o presidente pudesse arcar com as despesas que tiveram com as testagens da Covid-19 durante a pandemia.

As tentativas de censura no país não impediram que alguns vídeos se espalhassem com facilidade pela internet, mas conseguiram controlar os protestos para que eles não tomassem proporções maiores. Durante o ato, há vídeos de idosos cantando o hino comunista em forma de queixa às atitudes contra os aposentados.

No aplicativo Weibo, parecido com o Twitter, os protestos também começaram a ser vistos. A tag #healthinsurance, escrita em chinês, foi retirada da evidência do site quando começou a ganhar um pouco mais de atenção.