Cidades se unem em projeto que visa diminuir acidentes de trabalho

O projeto “Zero Óbito” trabalha como um banco de dados, mapeando os acidentes de trabalho, e traz informações sobre como evitá-los.

Para combater as causas de acidentes de trabalho, quatro cidades da região de Campinas (SP) — Limeira, Piracicaba, Santa Barbara d’Oeste e Indaiatuba — criaram o projeto “Zero Óbito”, que trabalha como um banco de dados, mapeando esse tipo de acidente e permitindo que informações sobre como evitá-los possam ser compartilhadas em rede.

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O chamado “banco de casos” facilitará o esclarecimento de acidentes ocorridos, e consequentemente a tomada de ações de construção de planos de intervenção e segurança entre as instituições participantes. Tudo isso com a intenção de reduzir os óbitos por este tipo de causa.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, é muito importante a participação dos municípios, pois as informações compartilhadas neste banco serão utilizadas para o desenvolvimento de políticas públicas específicas de prevenção.

O responsável pela ação é o Ministério Público do Trabalho de São Paulo em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o Corpo de Bombeiros, as Prefeituras e cinco centros de pesquisas. A escolha dos municípios envolvidos foi feita com base na participação no estudo piloto e a proximidade com os parceiros.

A estimativa para a disponibilização dos dados é o primeiro semestre de 2022.

Acidentes de trabalho nos municípios participantes

Segundo alguns dados, a maioria dos acidentes de trabalho acontecem em atividades de construção civil. Em três das cidades participantes, o número de casos entre 2017 e 2020 chegou a 25.387.

Só em 2020, Piracicaba contou com 2.524 acidentes e 4 mortes em decorrência de trabalho. Já Limeira teve 1.418 acidentes e 2 mortes, enquanto Santa Barbara D’Oeste teve 988 acidentes e 1 morte.

Os centros de pesquisa que estarão colaborando com o projeto são da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas.

“Será possível formar um processo educativo junto às empresas e trabalhadores daquela localidade. Trata-se de uma ferramenta poderosa de planejamento de ações de prevenção, que também possibilita o oferecimento de apoio aos familiares das vítimas por meio de uma aproximação com as Prefeituras”, explica Mario Antônio Gomes, procurador e um dos idealizadores do projeto.

Há uma previsão para que o projeto seja ampliado já que, só em 2020, Campinas registrou 3.952 acidentes de trabalho, sendo destes, 14 com mortes.

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