Ciência: Reino Unido registra nascimento de bebês com DNA de três pessoas
Bebês com DNA de três pessoas estão começando a surgir, embora os resultados sejam mantidos em sigilo. Confira detalhes na íntegra!
Após oito anos desde a aprovação da tecnologia pelas autoridades, foi confirmado que pelo menos uma criança com DNA proveniente de três pessoas diferentes nasceu de pais no Reino Unido. Embora essa informação não seja ligeiramente inédita do país, já que a novidade gira em torno da descoberta dos repórteres do The Guardian, pois conseguiram uma resposta oficial da informação.
A Universidade de Newcastle e o Newcastle Fertility Center estão na vanguarda da terapia de substituição mitocondrial (MRT), uma forma especial de fertilização in vitro (FIV) que tem como objetivo prevenir doenças genéticas graves em bebês futuros.
Nesse processo, os bebês são concebidos por meio da fertilização de um único espermatozoide e um único óvulo, da mesma forma que qualquer outra pessoa. Entenda!
Reino Unido aprova MRT e registra bebês com DNA de três pessoas
A MRT envolve a substituição de mitocôndrias defeituosas por mitocôndrias saudáveis de uma doadora, garantindo uma boa saúde mitocondrial na descendência.
A diferença reside na relação entre o material nuclear e na pequena quantidade de DNA não nuclear, que desempenha um papel na produção das unidades de energia da célula conhecidas como mitocôndrias.
Enquanto a maior parte dos genes está presente no material nuclear, o DNA não nuclear presente nas mitocôndrias desempenha um papel vital na produção de energia celular.
Na maioria dos casos, o óvulo da mãe contribui com o núcleo e a maioria das mitocôndrias para o embrião em desenvolvimento.
No entanto, nas crianças concebidas através da terapia de substituição mitocondrial, um óvulo doado é utilizado para fornecer o suprimento de mitocôndrias.
Isso significa que o material genético nuclear dos pais é combinado com as mitocôndrias do óvulo doado, garantindo um funcionamento saudável das mitocôndrias e prevenindo a transmissão de doenças genéticas mitocondriais.
O Reino Unido conseguiu a marca e realizou registros após oito anos da aprovação legislativa, sendo o primeiro a aprovar o MRT. No entanto, em prol da segurança e privacidade dos indivíduos envolvidos, os casos foram mantidos em sigilo.
Essa abordagem visa proteger a identidade das famílias e preservar a confidencialidade dos procedimentos médicos realizados, garantindo que o avanço científico esteja bem guardado.
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