Cientistas chineses acendem chamas no espaço e o resultado os surpreende; entenda o motivo
O resultado do experimento reforçou as diferenças de atuação das leis da física na Terra e no espaço sideral.
Na missão Shenzhou 16, astronautas chineses realizaram um intrigante experimento no espaço ao envolver chamas abertas a bordo da Estação Espacial Tiangong.
Durante uma transmissão ao vivo no mês passado, os astronautas Gui Haichao e Zhu Yangzhu acenderam uma vela com o intuito de demonstrar como as chamas se comportam na ausência de gravidade.
O resultado do experimento foi surpreendente, uma vez que o fogo assumiu uma forma quase perfeitamente esférica, contrastando com as chamas em forma de gota a que estamos acostumados a ver na Terra.
(Imagem: Reprodução/CCTV)
Por que a chama no espaço ficou esférica?
A peculiaridade desse fenômeno pode ser atribuída à ausência de convecção, que na Terra é impulsionada pela flutuabilidade.
Contudo, na microgravidade do ambiente de baixa órbita da Terra, a convecção se enfraquece consideravelmente. Consequentemente, isso permite que as chamas se difundam em todas as direções, resultando em esferas de fogo quase perfeitas.
Além do experimento com as velas, os astronautas também tiveram a oportunidade de interagir com estudantes em cinco salas de aula na China, onde demonstraram uma variedade de fenômenos relacionados à microgravidade.
Tais demonstrações destacaram a diferença de comportamento de diversos processos físicos no espaço em comparação com o nosso planeta.
É importante ainda mencionar que os procedimentos para lidar com chamas abertas no espaço variam dependendo da estação espacial.
Na Estação Espacial Internacional (ISS), por exemplo, medidas rigorosas de segurança contra incêndios são implementadas, em parte, como resposta a um grave incêndio ocorrido na estação espacial russa Mir em 1997.
Portanto, na ISS, a pesquisa de combustão costuma ser conduzida com o uso de suportes de combustão especialmente projetados para manter o fogo isolado e contido.
O notável experimento oferece uma visão única da forma como as chamas se comportam em microgravidade e ressalta o compromisso contínuo com a busca do conhecimento e descobertas no ambiente espacial.
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