Cientistas detectam vírus potencialmente pandêmico em morcegos da Tailândia
A descoberta foi feita em uma caverna visitada por seres humanos.
Durante uma assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dr. Peter Daszak, líder da EcoHealth Alliance, uma organização sem fins lucrativos envolta em controvérsias, informou sobre a recente descoberta de um novo vírus com origem em morcegos na Tailândia.
Esse vírus, que tem potencial para contaminar seres humanos, foi encontrado numa caverna tailandesa onde os agricultores locais utilizam excrementos de morcegos, que são sabidamente ricos em amônia, como adubo para suas plantações.
No evento da OMS, Daszak ressaltou a importância da descoberta, destacando que, embora tenham identificado vários coronavírus relacionados à SARS, um em particular era comum em morcegos frequentemente em contato com pessoas.
Ele enfatizou o caráter zoonótico potencial do vírus, evidenciado pela presença em uma caverna frequentada por pessoas altamente expostas aos resíduos desses animais. Segundo o pesquisador, a possibilidade de emergência é real devido à liberação do vírus nas fezes dos morcegos.
A relação entre os novos achados e a pandemia de Covid-19
Quanto à pandemia de Covid-19, o Dr. Peter Daszak, que é britânico, consistentemente rejeitou a teoria de vazamento de laboratório em Wuhan, China, como origem da pandemia da SARS-CoV-2. Ele defende a ideia de que o coronavírus tem origens naturais.
Esta revelação acontece em meio a um aumento global nos casos de coronavírus, com 42% mais hospitalizações em 50 países, conforme relatado pela OMS.
O aumento de casos parece estar vinculado a uma variante do Covid, denominada JN.1, identificada pela primeira vez na França em setembro. Atualmente, essa variante representa cerca de 60% das novas infecções em janeiro, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Contudo, a OMS classificou a JN.1 como uma “variante de interesse”, reconhecendo sua rápida disseminação, mas ressalta que representa um “baixo risco global à saúde pública”.
* Com informações de The News
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