Cientistas encontram santuário de arte rupestre com 24 mil anos na Espanha; veja

Apesar da dificuldade em estimar a data das pinturas com precisão, os cientistas envolvidos na descoberta acreditam que, de fato, elas remontem de 24 mil anos atrás.

Arqueólogos que atuam na região de Valência, na Espanha, fizeram uma grande descoberta em uma caverna conhecida como Cova Doves, que antes era popular entre exploradores e entusiastas de trilhas.

O local revelou-se um santuário de arte rupestre do Paleolítico, com mais de 100 gravuras pré-históricas representando uma variedade de animais. A coleção de arte pode ter mais de 24.000 anos, de acordo com os especialistas.

Até então, apenas três exemplos de arte do Pleistoceno em cavernas eram conhecidos no leste da Espanha, com a maioria dessas descobertas concentrada no norte do país e na França, além dos Pirineus.

Tesouro arqueológico

(Foto: Ruiz-Redondo et al./Antiquity/Canaltech)

A Cova Doves, localizada a leste-sudeste, desafia essa distribuição geográfica e expande nosso entendimento sobre a disseminação da arte rupestre na região.

As paredes da caverna abrigam mais de 110 unidades gráficas, com a área principal decorada situada a cerca de 400 metros de profundidade.

Entre as representações, foram encontrados 19 diferentes espécies de animais, incluindo cavalos, fêmeas de veado-vermelho, auroques e outros não identificados.

Além disso, a presença de “signos convencionais” e gravuras tubulares conhecidas como “macaroni” demonstra a habilidade e a criatividade dos artistas paleolíticos.

Os antigos artistas usaram técnicas variadas, incluindo a raspagem do calcário das paredes para criar figuras sombreadas, uma técnica rara na arte do Paleolítico do leste ibérico.

Além disso, a aplicação de argila vermelha nas paredes, em vez do ocre diluído ou do pó de manganês geralmente utilizado, é uma descoberta única e intrigante.

Idade estimada das pinturas

(Foto: Ruiz-Redondo et al./Antiquity/Canaltech)

A presença de marcas de garras de ursos-das-cavernas sobrepostas a algumas das imagens sugere que parte da arte rupestre pode ter mais de 24.000 anos, baseando-se na extinção conhecida dessa espécie.

No entanto, a pesquisa continua para refinar a cronologia dessas fascinantes descobertas. Afinal, apontar a datação precisa das gravuras é um desafio, mesmo com essas pistas valiosas.

A revelação da Cova Doves promete continuar a inspirar pesquisas e debates entre arqueólogos e entusiastas da história, dada sua enorme relevância para compreender o modo de vida no período pré-escrita.

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