12 Comidas de Natal de dar água na boca

Você sabia que a origem da ceia de Natal remonta a tempos muitos antigos, antes mesmo do nascimento de Jesus e dos registros do Novo Testamento? Saiba essa e outras curiosidades sobre os pratos da ceia natalina.

Registros históricos apontam o banquete natalino como um tradicional ritual realizado por povos pagãos em celebração ao solstício de inverno – fenômeno que marca o início da estação. Tudo isso aconteceu antes mesmo do surgimento do Império Romano, séc. VIII a.C.

Coincidência (ou não),  na região do hemisfério norte, acontece a noite mais longa do ano, entre os dias 22 e 25 de dezembro. Naquela época, durante as celebrações do solstício, a comida era servida como símbolo de confraternização, um presente dado aos entes queridos pelos cidadãos das aldeias.

Atualmente, os pratos típicos servidos na ceia brasileira possuem diferentes origens. Por exemplo, o bolinho de bacalhau e a rabanada são heranças dos patrícios portugueses, enquanto o peru assado veio das tradições dos índios norte americanos. Essa  mistura cultural acabou dando origem às deliciosas comidas de Natal que conhecemos hoje.

Comidas de Natal

Algumas receitas já se tornaram parte da tradição histórica que é o Natal. Confira quais sãos os pratos mais consumidos nas confraternizações durante a ceia. 

1 Peru assado

Peru assado

O peru de natal é com certeza o prato mais famoso da ceia de Natal brasileira. Sua origem está diretamente ligada aos costumes dos povos indígenas norte-americanos que já domesticavam a ave para seu consumo próprio. 

Era servido nos banquetes em comemoração às vitórias de guerra. O modo de preparo é parecido com os do dia de hoje: assado e acompanhado de cebola, alho poró e molho feito com pimenta. A popularização do prato aconteceu quando os colonos regressaram ao velho continente, levando com eles uma quantidade considerável de espécimes da ave.

2 Panetone

Panetone

Receita tipicamente italiana, sua origem ainda gera dúvidas e incertezas aos historiadores. Contudo, sabe-se que os primeiros exemplares da iguaria começaram a ser comercializados em padarias de Milão, por volta de 1400 d.C. 

Para impressionar a filha do seu patrão, um jovem padeiro chamado Toni criou uma receita rudimentar à base de pão doce e frutas cristalizadas. Feito sucesso com a receita, os clientes do estabelecimento pediam ávidos os “Pani de Toni” (pão do Toni).

O panetone adquiriu a forma que conhecemos hoje durante o século 18 e recebeu diversas outras variações de recheio, como de chocolate, sorvetes, queijos e especiarias.

3 Biscoito de gengibre

Biscoito de gengibre

Os biscoitos de gengibre e mel, além de deliciosos, são muito divertidos. Muitas histórias e lendas envolvem as origens da sua criação.

Uma delas diz que, desde o século 15 na Europa, já era comum a tradição de construir casas com bonequinhos de pão de mel – fato esse que serviu de inspiração para o famoso conto dos irmãos Grimm, João e Maria.

Outra versão conta que em meio aos preparativos de um banquete real, a rainha inglesa Elizabeth I pediu ao cozinheiro que fizesse pequenos biscoitos no formato de “homenzinhos” e devidamente decorados com o rosto dos convidados. 

Apesar da discrepância histórica, o mais importante é que esses biscoitinhos são deliciosos e fazem um sucesso enorme com a criançada.

4 Bolinho de bacalhau

Bolinho de bacalhau

Uma das heranças trazida pelos portugueses colonizadores, o bolinho de bacalhau é um petisco apreciado há mais de dois séculos. Presença garantida na ceia de Natal, sua receita leva basicamente batata cozida, lascas de bacalhau dessalgado, farinha, azeite de oliva e salsinha. 

Foi documentado oficialmente pela primeira vez em 1904, no livro Tratado de Cozinha e Copa, do escritor português Carlos Bandeira de Melo. 

5 Leitão Assado / pernil

Leitão Assado / pernil

A tradição de assar uma peça de leitão inteira vem desde a fundação do Império Romano, onde ofereciam o prato durante os banquetes em comemoração às vitórias na guerra. 

Por ser um alimento rico em gordura, o suíno era preparado e consumido durante o inverno, quando havia a necessidade de uma alimentação mais forte. Uma outra vantagem referente ao consumo do animal, estava na sua capacidade de armazenamento, pois era possível conservar sua carne dentro da própria banha. 

No Brasil, é comum também servir apenas o pernil, a parte referente à coxa do animal.

6 Rabanada

Rabanada

Criada para ajudar na recuperação de mulheres no pós parto, a receita feita com pães, leite e ovos acabou tornando-se popular no começo do século XX, na região da Península Ibérica. 

Além da época do Natal, o prato pode ser encontrado durante o período de comemorações religiosas, como a quaresma. O registros históricos da receita remontam o século 14, em Portugal, onde o poeta espanhol Juan del Encina já dava indícios da existência do prato. 

7 Salpicão

Salpicão

É um dos únicos pratos tradicionais da ceia de Natal que nasceram no Brasil. Funciona como uma espécie de salada de ingredientes cozidos e crus, além da tradicional maionese.

Acredita-se que tenha surgido em meados da década de 50, já na sua versão clássica e também mais conhecida, com maionese, cenoura, batata, pimentão, frango desfiado, salsão e pimenta, além de frutas como a uva passa, maçã e abacaxi.

8 Nozes e castanhas

Nozes e castanhas

O costume de comer nozes e castanhas durante as festas de fim de ano tem a ver com o aumento da produção das espécies de nogueira durante o período do inverno europeu e asiático. 

De fácil armazenamento, esses alimentos possuem um valor calórico alto, o que os torna excelentes para quem vai enfrentar baixas temperaturas. Historiadores acreditam que as nozes já fazem parte da alimentação humana muito antes do que se imagina, desde os primórdios da espécie. 

Um dos fatores que ajudou na popularização do fruto durante essa época do ano foram os contos de Natal de Ernst Theodor Amadeus HOffmann, em especial O Quebra-Nozes, de 1881. 

9 Frutas

Frutas

O costume de usar frutas na decoração de mesas é bem antigo e vem desde os povos romanos. A tradição tinha o intuito de homenagear o “solstício de inverno”, considerada a noite mais longa do ano no hemisfério Norte, em que a Terra atinge o ponto mais distante do Sol. 

Para os mais excêntricos, era comum banhar tâmaras, pêssegos e uvas em ouro e posteriormente usá-las como item de decoração.

No Brasil, com a variedade de frutas vendidas durante o verão, como a uva, o hábito se fortaleceu e hoje é tradição ter uma mesa repleta de frutas durante a ceia de Natal.

10 Chester

Chester

Inserido na categoria de assados, o chester é uma espécie de ave geneticamente modificada, em que foram usadas 11 linhagens de outras espécies de aves para a sua criação. A carne do animal foi lançada na década de 80, como uma alternativa aos altos preços da peça do peru.

No começo de 1970, as marcas Sadia e Perdigão eram concorrentes diretas, onde o peru de Natal da Sadia era o destaque. Para competir com a concorrente, a Perdigão trouxe para o mercado o novo produto , registrando-o posteriormente com o nome de Chester (do inglês, “com mais peito”).

Bizarrices à parte, a carne do animal é bastante consumida pelos brasileiros durante a ceia natalina, visto seu preço mais acessível.

11 Lombo assado com mel e maçãs

Lombo assado com mel e maçãs

Mesmo soando refinado aos ouvidos, essa receita é muito simples e leva ingredientes mais simples ainda. Além da carne de porco ser mais barata, o prato é uma mistura de sabores agridoces que deu certo. 

Basicamente, tempera-se o filé do lombo cortado em tiras, depois acrescenta-se mel, azeite e fatias generosas de maçã. A receita é uma excelente dica para quem prefere refeições mais leves durante as festas de fim de ano.

12 Arroz à grega / arroz com uva passas

Arroz à grega / arroz com uva passas

Quer dar um toque festivo e mais colorido à sua ceia? Então, a opção do arroz a grega é uma excelente escolha. Na sua versão mais tradicional, o prato leva arroz, misturado com cenoura, ervilha, pimentão, passas e cheiro verde picado. Para dar um toque a mais, acrescente um colher generosa de manteiga ao final do preparo.

Em sua versão mais simples, o arroz a grega acabou se transformando em “arroz com uva-passa”. Bastante criticada (tendo virado meme nas redes sociais), a uva desidratada ganha destaque na sua mistura com o arroz, dando um leve sabor adocicado e ácido à receita.

Veja também: 28 Comidas típicas brasileiras – As receitas mais tradicionais do Brasil

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