“É possível evitar a demência com hábitos simples”, afirma neurocirurgião
Especialista é um dos defensores da velhice com lucidez e saúde, longe dos estereótipos vindos da demência.
As pessoas costumam associar sintomas como esquecimento, dificuldade de raciocínio e “lentidão” ao processo de envelhecimento. Mas não é isso que afirma o Dr. Sanjay Gupta, que é chefe do departamento de neurocirurgia do Grady Memorial Hospital, em Atlanta.
Segundo o neurocirurgião, que também é especialista em envelhecimento, a terceira idade pode ser cheia de saúde, lucidez e prazer. Porém, para viver esse momento em paz, será preciso investir em alguns hábitos simples e seguir dicas de como evitar a demência.
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“Mente Afiada”
Além de neurocirurgião, Gupta também é escritor. Recentemente, seu livro “Mente Afiada: Desenvolva um cérebro ativo e saudável em qualquer idade” chegou ao Brasil pela editora Sextante. Na obra, o médico se debruça sobre alguns pequenos hábitos que podem influenciar na melhora do desenvolvimento do intelecto. Segundo seus estudos, existem cinco pilares para manter a saúde mental em dia:
- Mexer-se;
- Descobrir;
- Relaxar;
- Nutrir-se;
- Conectar-se.
Ou seja, o segredo estaria numa vida com a presença de exercícios físicos, estímulo cerebral, boa alimentação, descanso e bons relacionamentos. Além disso, o doutor explica que não é preciso ir a fundo nessas questões, pois pequenas mudanças já podem gerar impactos importantes.
Alguns dos hábitos recomendados são manter uma rotina de conversas com pessoas que gostamos, respeitar o momento de descanso, comer bem e fazer uma caminhada leve. Ao aplicar essas transformações em seu dia a dia, uma pessoa poderá ter uma velhice prazerosa e sem grandes impactos.
A velhice não precisa ser difícil
Dr. Gupta busca romper com alguns dos estereótipos em torno da terceira idade e da prevenção para evitar a demência. Por exemplo, ele coloca o exercício físico como o principal fator que estimula o cérebro, e não as palavras-cruzadas. Embora o estímulo intelectual seja importante, apenas no exercício físico o seu corpo irá liberar o BDNF, que é um neurotrófico muito relevante.
Segundo o médico, não existe qualquer outra forma de estimular a produção dessa substância além da maneira natural, pelo exercício. Para isso, não existe a necessidade de ser um entusiasta da vida esportiva, mas apenas manter regular o movimento do corpo. Ou seja, uma caminhada diária, aulas de dança ou uma volta de bicicleta no bairro já ajuda muito.
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