Conta de luz sobe em outubro; bandeira vermelha vai pesar no bolso
A Aneel anunciou a implementação da bandeira vermelha 2, que também deve impactar a inflação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou na última sexta-feira (27) a implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de outubro. Este é o maior nível de cobrança adicional desde abril de 2022, quando a bandeira “escassez hídrica” foi substituída pela bandeira verde.
Com a nova tarifação, os consumidores pagarão R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em outras palavras, o valor da conta de luz no período deve subir.
O aumento se deve principalmente ao risco hidrológico (GSF) e à elevação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que deve superar R$ 500 por megawatt-hora (MWh) em outubro.
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2 deve pressionar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A CM Capital projeta um impacto de 0,45 ponto percentual, enquanto Homero Guizzo, economista da Terra Investimentos, estima 0,21 ponto percentual e uma alta de 5,2% na energia elétrica.
Quando a bandeira vai mudar?
Guizzo sugere que a bandeira vermelha 1 poderá vigorar até meados de 2025, alternando para a amarela no segundo semestre e voltando à vermelha 1 ao final do ano.
Desde abril de 2022, houve uma sequência de bandeiras verdes, interrompida em julho de 2024 com a bandeira amarela. Em setembro desse ano, a bandeira vermelha patamar 1 foi adotada.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, atingirá 60 acionamentos em outubro, com economia de R$ 4 bilhões em juros, segundo a Aneel.
O objetivo do sistema é informar os consumidores sobre os custos de geração de energia e suavizar os impactos financeiros nas distribuidoras. Antes, os custos adicionais eram repassados aos consumidores apenas no reajuste anual, mas agora são cobrados mensalmente.
Em resumo, a adoção da bandeira vermelha patamar 2 afetará significativamente os consumidores e a inflação em outubro. As projeções indicam um cenário de preços mais altos, exigindo atenção redobrada dos brasileiros.
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