Descoberta arqueológica em Goiás revela fóssil humano de 12 mil anos

Arqueólogos descobrem fóssil humano com cerca de 12 mil anos em um sítio arqueológico em Serranópolis, região sudoeste de Goiás. O achado revela informações valiosas sobre os primeiros habitantes do cerrado goiano e sua história ancestral.

O esqueleto foi encontrado enterrado a dois metros de profundidade, próximo a outros artefatos históricos, incluindo dez crânios com mais de cem anos de idade.

Julio Cezar Rubin, um dos coordenadores da pesquisa, relata a descoberta de um fóssil humano com carvão associado e aponta que essas evidências arqueológicas fornecem respostas valiosos sobre a história e a cultura da região.

Os primeiros vestígios do esqueleto foram descobertos em outubro de 2022, mas a escavação e recuperação dos restos mortais só puderam ocorrer cinco meses depois, em março deste ano.

A experiência na área desde 1989 não foi suficiente frente a nova descoberta, pois o professor Julio Cezar relata que nunca encontrou um esqueleto tão antigo quanto esse. Confira detalhes!

Ossada descoberta em Goiás é importante para o estudo cultural da região

A operação de escavação, iniciada em dezembro de 2021, envolveu mais de 20 profissionais de oito instituições nacionais e internacionais, com o apoio da Polícia Federal (PF).

Essa colaboração interdisciplinar e o envolvimento de autoridades garantiram uma abordagem cuidadosa durante todo o processo de descoberta e recuperação do fóssil.

Com base em estudos preliminares, estima-se que o fóssil tenha uma idade entre 11.900 e 11.700 anos antes do presente, porém a data precisa ainda será determinada por meio de pesquisas adicionais para uma conclusão ainda mais precisa.

Essas descobertas são de grande importância, pois apontam indícios sobre os primeiros habitantes do cerrado goiano e contribuem para o entendimento da história humana na região brasileira, visto que a evolução da sociedade busca sempre novas respostas para o seu desenvolvimento.

A ossada é valiosa, pois caso a idade de quase 12 mil anos seja confirmada pela ciência, os restos mortais humanos poderão ser considerados os mais antigos já encontrados na região centro-oeste do Brasil, colocando-os na mesma faixa temporal de outros objetos descobertos entre as décadas de 1970 e 1990.