Desertificação

A desertificação é um dos processos de degradação do meio ambiente mais conhecidos e, mesmo assim, avança aceleradamente em várias partes do Brasil e do mundo.

O que é desertificação? A desertificação é um fenômeno de degradação dos solos e de áreas agrícolas que afeta centenas de milhares de pessoas em todo mundo, uma vez que o seu resultado é a perda total ou parcial de regiões agricultáveis, prejudicando as práticas econômicas. Esse processo pode ser uma ocorrência tanto de ordem natural quanto antrópicas, muito embora a sua intensificação se deva exclusivamente ao exaustivo uso dos solos pelo ser humano.

Conceito de desertificação

O conceito de desertificação foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Convenção das Nações Unidas para a Desertificação. Nesse sentido, ela é definida como o processo de perda da produtividade dos solos em regiões de climas áridos, semiáridos e subúmidos secos, resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais. Não deve, portanto, ser confundida com a arenização, que é típica de ambientes mais úmidos, a exemplo do que ocorre na região sul do Brasil.

Arenização do Solo
Arenização do Solo – Fonte: Blog do GPME

A preocupação da ONU com relação ao problema da desertificação se faz no sentido de que ela representa uma ameaça à segurança alimentar de várias localidades onde vivem famílias com baixa renda.

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No continente africano, por exemplo, há um amplo processo de desertificação em curso nas regiões secas que se localizam nas adjacências do deserto do Saara. Em algumas regiões da Ásia e da América Latina também se registra esse tipo de problema ambiental.

As causas da desertificação

As causas da desertificação pelas atividades humanas estão, sobretudo, relacionadas ao empobrecimento dos solos realizado pelas atividades econômicas. O desmatamento é o principal vilão, pois deixa a terra exposta às intempéries climáticas e diminui a retenção de água e nutrientes. Além disso, o uso intensificado do solo em áreas agrícolas, o esgotamento de rios e demais recursos hídricos e até a atividade da mineração também estão na lista de ações que levam à expansão desse problema ao longo do espaço geográfico.

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O Ministério do Meio Ambiente realizou uma classificação das áreas do território brasileiro consideradas sob o risco desse problema. São as chamadas ASDs (Áreas Susceptíveis à Desertificação). Elas, segundo os estudos empreendidos, abrangem localidades situadas nos nove estados da região nordeste e também em Minas Gerais e Espírito Santo, que são as regiões com os menores índices pluviométricos do país. As zonas com o estado mais críticos encontram-se nos chamados Núcleos de Desertificação em Gilbués (PI), Seridó (RN), Irauçuba (CE) e Cabrobó (PE).

Como combater a desertificação

Para combater e evitar a expansão da desertificação, a medida mais eficaz é preservar as áreas verdes e praticar o reflorestamento em zonas devastadas, pois a vegetação permite uma maior absorção da umidade proveniente da atmosfera, além de tornar o clima proporcionalmente mais ameno. Além disso, é preciso a adoção de técnicas sustentáveis de utilização do solo, que garantam a prática da agropecuária sem impactar negativamente o meio ambiente.

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