Dismorfia de produtividade: o que significa e como lidar?

O conceito, popularizado por Anna Codrea, significa a intersecção entre o burnout, a síndrome do impostor e a ansiedade.

A sociedade contemporânea associa cada vez mais o sucesso profissional a uma vida plena e feliz. O resultado dessa ligação é a sensação de que você trabalhou muito, mas não fez nada. Ou, de que você deve preencher todo o tempo livre com trabalho e não mais descansar e se divertir. Esse fenômeno tem um nome e se chama dismorfia de produtividade. Leia mais a seguir!

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O que significa dismorfia de produtividade?

Em essência, a dismorfia significa enxergar apenas os aspectos negativos de determinada situação. Por exemplo, após um dia de trabalho no qual você conseguiu realizar tudo o que estava previsto, pode ser comum sentir que deveria ter feito mais ou que as entregas não foram boas o suficiente.

De acordo com Anna Codrea-Rado, esse evento pode ser conhecido como dismorfia de produtividade. O termo é utilizado para descrever a incapacidade de enxergarmos as nossas realizações e de querer fazer sempre mais, para alcançar uma produtividade ideal que foi criada por nós mesmos.

As formas de manifestação da dismorfia de produtividade são diversas. Quantas vezes você já não sentiu culpa por descansar ou sair com amigos, mesmo após uma semana exaustiva de trabalho? Ou que deveria ‘pegar um extra’ nos finais de semana, mesmo quando você fez mais do que deveria durante o seu serviço?

Causas da dismorfia de produtividade

Embora as razões para se sentir improdutivo sejam muitas, na dismorfia de produtividade as causas mais comuns são:

  • Síndrome do impostor;
  • Burnout ou esgotamento;
  • Ansiedade.

Juntos, esses fatores contribuem para uma sensação de que devemos fazer sempre mais, sem que consigamos parar para aproveitar tudo o que já fizemos e todo o nosso sucesso até então.

Além disso, com a nossa cultura orientada para a construção do significado das nossas vidas em torno do trabalho, não atingir as metas estipuladas traz uma sensação de fracasso pessoal. Desse modo, como outras áreas da vida ficam em segundo plano, todo o prazer que não está atrelado à produtividade vem carregado de culpa.

Como lidar?

Embora seja difícil ressignificar a cultura na qual estamos inseridos, podemos adotar algumas atitudes para lidar com a dismorfia de produtividade. São elas:

  • Escrever um diário sobre o seu dia;
  • Escrever uma lista de tarefas realistas;
  • Redefinir o que significa produtividade e construir o seu próprio conceito.
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