Drogas: conheça os riscos e danos provocados pelas lícitas e ilícitas
Legais ou ilegais, lícitas ou ilícitas, as drogas são um perigo para a saúde. Leia mais e se convença disso!
Nem todas as substâncias perigosas estão sujeitas à proibição, e nem todas as substâncias proibidas são necessariamente mais perigosas do que as permitidas.
Por esses motivos, o debate em torno da proibição de drogas e dos benefícios da sua legalização é conduzido de maneira intensa por legisladores em muitos países.
Nessa controvérsia, o componente cultural exerce uma influência significativa.
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A fim de fornecer informações embasadas, a Deutsche Welle (DW), uma empresa de mídia alemã, realizou um estudo abrangente sobre as drogas mais conhecidas, analisando seu potencial de vício, os riscos que apresentam e sua aceitação ou rejeição na sociedade.
Anfetamina e metanfetamina
Até a década de 1970, a anfetamina foi utilizada na medicina como um medicamento antidepressivo, inibidor de apetite e no tratamento da asma.
A droga também foi utilizada como estimulante por soldados e atualmente é popular na cena tecno.
Embora a anfetamina iniba a fadiga, pode causar insônia, tremores e palpitações, podendo levar, nos casos mais graves, a um ataque cardíaco ou derrame cerebral.
Além disso, seu uso principalmente por inalação pode levar à dissolução do septo nasal.
A anfetamina tem um potencial moderado de causar dependência (1,67 em uma escala de 0 a 3,0). Delírios paranóicos, depressão e psicose também são efeitos possíveis da droga.
Por outro lado, a metanfetamina, conhecida como “crystal meth”, é ainda mais perigosa.
Ópio e heroína
A heroína é derivada da morfina, o principal componente do ópio bruto extraído da flor da papoula.
A morfina é legalizada como um analgésico e deve ser utilizada apenas em casos de dor intensa, como na medicina paliativa ou para o alívio de dores agudas após um ataque cardíaco.
A heroína possui um alto potencial de dependência, atingindo uma pontuação de 3,0. Além de seu efeito analgésico, a heroína também provoca euforia e distúrbios do sono, ao contrário da morfina.
Em casos de overdose, tanto o consumo de morfina quanto de heroína podem levar a uma parada respiratória.
Esse risco é especialmente elevado entre os viciados que combinam o uso de heroína com álcool ou tranquilizantes.
Cocaína e crack
A cocaína é uma substância extraída da planta de coca, e quando misturada com bicarbonato de sódio, resulta no crack.
A cocaína possui um potencial de dependência de 2,39. Ela provoca euforia, suprime o apetite e a fadiga.
Durante muito tempo, foi a droga de escolha para aqueles que desejavam combinar festas com suas carreiras profissionais.
Entretanto, o uso de cocaína tem um alto custo: aumento da frequência cardíaca, constrição dos vasos sanguíneos, aumento da pressão arterial e risco de ataque cardíaco. O uso prolongado pode levar desde alucinações e até psicose irreversível.
Quem fuma crack causa danos à mucosa oral, enquanto quem cheira cocaína prejudica o septo nasal.
Especificamente no caso do crack, a dose letal é quase incalculável, uma vez que a droga é extremamente potente.
LSD
A LSD, abreviação de “Dietilamida do Ácido Lisérgico”, é uma droga sintética que induz uma intensificação perceptiva do ambiente ao redor.
Nas décadas de 1960 e 1970, o LSD era associado ao uso pelos hippies para explorar a expansão da consciência. Comparado ao álcool ou à nicotina, o risco de intoxicação letal é menor.
Além disso, seu potencial de dependência é considerado um dos mais baixos, com uma pontuação de 1,23 em uma escala.
Já em indivíduos com predisposição especial, pode desencadear um estado de psicose irreversível.
O uso de LSD apresenta um perigo significativo de acidentes, uma vez que os usuários interpretam erroneamente o ambiente ao seu redor, agindo de maneira irracional devido às alucinações e delírios psicóticos.
Álcool e nicotina: as drogas “legais”
O álcool ocupa uma posição mais elevada (1,93) do que a maconha, o LSD, muitos soníferos, anfetaminas e até mesmo outras drogas sintéticas para festas, como o ecstasy, no ranking de drogas com “potencial de dependência moderado”.
Ao longo do tempo, a dependência do álcool causa danos a órgãos internos, como o fígado e o pâncreas, além de afetar negativamente a musculatura e o metabolismo.
Por sua vez, o cigarro apresenta um potencial de dependência ainda maior (2,21), sendo superado apenas pelo crack, cocaína e heroína.
Anualmente, entre 100 mil e 120 mil pessoas morrem devido a doenças relacionadas ao tabagismo. Dessa forma, o tabaco e o álcool estão entre as drogas mais perigosas.
Maconha: droga ou remédio?
Em um número cada vez maior de países, os legisladores estão debatendo a legalização da maconha para fins medicinais, como analgesia ou estimulação do apetite em casos de infecção por HIV ou tratamento do câncer.
A substância THC (tetrahidrocanabinol), presente na maconha, possui propriedades relaxantes e analgésicas. Seu potencial de dependência é considerado “médio”, com uma pontuação de 1,51.
O consumo de THC inicialmente leva a uma percepção mais intensa do ambiente, especialmente da música, paladar e noção de tempo.
O aumento da fome é um efeito colateral comum. Entretanto, a longo prazo, o uso de maconha pode resultar em uma redução da capacidade de aprendizado e raciocínio, possivelmente devido a alterações no fluxo sanguíneo cerebral.
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