EUA querem eliminar ingrediente de refrigerantes: você sabe qual é? – Brasil já proíbe uso há anos

Estudo publicado em 2022 mostrou que substância pode causar muito dano à tireoide e outros tecidos do corpo.

Empresas que produzem refrigerante nos Estados Unidos devem se preparar para uma mudança em suas receitas muito em breve. A Food and Drug Administration (FDA), que atua como a Anvisa do Brasil, supervisionando fármacos e alimentos por lá, deve banir o uso de uma substância muito usada nas bebidas – porém potencialmente nociva ao ser humano.

Em nota, a FDA anunciou que pretende abolir o uso de óleo vegetal bromado (BVO), muito usado nos refrigerantes cítricos. O estado da Califórnia já proibiu que empresas utilizem deste ingrediente. E aqui no Brasil ele já não é usado há muito tempo, bem como no Japão e em outros países da Europa.

Estudo mostrou potencial dano à saúde

O órgão norte-americano tomou esta decisão após um estudo publicado em 2022. A pesquisa foi conduza em parceria com Institutos Nacionais de Saúde (NIH). O artigo, publicado na Food and Chemical Toxicology, mostrou que o BVO leva a alguns potenciais riscos à saúde.

A pesquisa, feita em roedores, pontuou que beber a substância pode aumentar os níveis de bromo nos tecidos. Em níveis elevados, esta exposição pode acarretar problemas sérios à tireoide, principal órgão atacado pelo BVO.

O que é o óleo vegetal bromado, substância usada em refrigerantes cítricos?

Este é um óleo vegetal modificado com bromo, usado há mais de 100 anos como ingredientes alimentar. Principalmente em bebidas de sabor cítrico, como limão, laranja e abacaxi, já que o BVO emulsiona estes sabores. Ou seja, evita que os ingredientes se misturem e subam para o topo da embalagem.

Em 1960, as discussões sobre os potenciais danos causados pelo BVO já eram pauta das agências de saúde. No entanto, a FDA decidiu que não havia evidências suficientes para proibi-lo, então determinaram uma quantidade “aceitável” da substância.

Com o passar dos anos, várias empresas foram diminuindo o uso da substância em seus refrigerantes e demais bebidas. Então, hoje, poucas bebidas vendidas nos EUA contêm BVO.

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