Expansão marítima uropeia

As Grandes Navegações foram um fenômeno global que mudou o mundo e o colocou na conformação como conhecemos hoje.

Do final da idade média até o século XVII, a Europa se lançou ao mar, dando início à exploração marítima no período ficou conhecido como o das Grandes Navegações. O principal objetivo era estabelecer com outros continentes contatos e rotas comerciais que fossem livres de impostos, relações pré-existentes com estados concorrentes.

Os fatores que possibilitaram a expansão marítima são muitos.

  1. Formação do estado nacional. A centralização do poder na Península Ibérica se deu mais cedo do que no resto da Europa por conta da Guerra de Reconquista, o que facilitou a organização das finanças, construção de navios e recrutamento navegantes por Portugal e Espanha.
  2. Conhecimento científico. Trazido pelos árabes, a bússola e o astrolábio, bem como os avanços técnicos nas artes náuticas possibilitou as expedições.
  3. Conjuntura social. O enfraquecimento da nobreza e a ascendência da burguesia, o aumento demográfico, e a necessidade de acúmulo de metais preciosos no capitalismo mercantil foram grandes incentivos.

Como consequência, a conformação do mundo mudou permanentemente.

  1. A era dos descobrimentos levou ao surgimento dos impérios coloniais. Os pactos coloniais moldaram a conformação política que conhecemos hoje. É em grande parte por conta desse arranjo de normas (que beneficiava a Europa e limitava as atividades econômicas da colônia) que os países são hoje desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
  2. O contato entre o Velho e Novo Mundo foi um motor para o início da modernidade. O intercâmbio de povos, doenças, animais, plantas e culturas entre os hemisférios foi um dos mais significativos eventos globais da ecologia, agricultura e cultura da história.
  3. Mudança política. Os descobrimentos mudaram o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, gerando a decadência das cidades italianas e a ascensão holandesa (principalmente da cidade da Antuérpia). O sistema financeiro holandês viria resultar no capitalismo moderno.

Maior do que se pensa

Porque somos brasileiros, costumamos nos ater aos descobrimentos quando pensamos em Grandes Navegações. Entretanto, grande parte dos esforços de navegação foram voltados ao oriente. Os portugueses, por exemplo, foram os primeiros europeus a entrar em contato com o Japão, em 1543. Os espanhóis conquistaram as Filipinas e fizeram delas um posto de parada no Pacífico.

Mapa das Grandes Navegações

Como resultado da presença européia no Pacífico e Índico, no século XVI, durante a dinastia Ming, os metais preciosos substituíram o papel-moeda como meio de pagamento na China. As diferentes plantas domesticadas trazidas à China possibilitaram uma explosão populacional. No Japão, os portugueses construíram missões cristãs, introduziram armas (arcabuz), armaduras, navios.

Os portugueses e espanhóis retornavam à Europa carregados de especiarias, seda, porcelana chinesa e outros bens de luxo. Os portugueses estabeleceram Macau como uma base comercial oficial Portuguesa. O português Frei Gaspar da Cruz publicou o “Tratado das cousas da China“, com informações sobre a geografia, províncias, sistema político e social, artes, transportes, arquitetura, agricultura, assuntos comerciais, costumes religiosos, escrita, educação e justiça.

Leia também: Grandes Navegações

você pode gostar também

Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.