Fim dos apps de banco individuais: Banco Central planeja 'superapp' financeiro; entenda

Roberto Campos Neto, presidente do BC, indicou a novidade como uma forma de garantir a competição com juros inferiores.

Durante um painel no Fórum de Gestão Empresarial da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, compartilhou perspectivas empolgantes sobre o futuro do sistema bancário no país.

Ele destacou uma possível e inovadora iniciativa que poderia transformar a maneira como as pessoas interagem com suas instituições financeiras. A ideia central envolve a criação de um abrangente “superapp” que serviria como um ambiente centralizado.

Nesse espaço único, os usuários teriam a capacidade de acessar e gerenciar todas as informações relativas às instituições bancárias onde têm contas.

Isso significaria uma mudança significativa na experiência bancária, concentrando uma variedade de serviços e dados anteriormente distribuídos em diferentes aplicativos e plataformas.

O conceito apresentado por Campos Neto visa simplificar e aprimorar a interação dos indivíduos com suas atividades financeiras.

Ao oferecer um local no qual informações de diferentes bancos podem ser acessadas e gerenciadas de maneira integrada, o “superapp” promete maior conveniência e eficiência para os usuários, além de um potencial impacto positivo na forma como as pessoas lidam com suas finanças no dia a dia.

BC planeja um “superapp”; como seria?

Temporariamente denominada de “agregador financeiro”, essa ferramenta emergente busca reunir todas as informações bancárias dentro de um único serviço, notavelmente amplificado pela viabilidade da transferência de dados por meio do conceito conhecido como open banking.

Com essa abordagem, a necessidade de ter um aplicativo separado para cada instituição bancária se dissipa, eliminando interfaces distintas e a fragmentação de informações concernentes às suas finanças.

Através da aplicação prática do open banking, esse agregador financeiro almeja criar uma plataforma coesa na qual todos os dados e detalhes relevantes das suas contas bancárias convergem.

Tal integração seria uma experiência mais fluida e eficaz para os usuários, pois centralizaria os aspectos-chave das suas finanças em um único espaço.

Não mais seria necessário navegar por diferentes aplicativos, cada qual com sua interface e design particulares. No entanto, Campos Neto não abordou especificamente se uma estratégia desse calibre já está sendo desenvolvida.

Ele manifestou o anseio de que, até o término de 2024, os estágios iniciais de implementação dessa tecnologia, comparável a uma “carteira digital” oficial, estejam em curso.

Para o presidente do Banco Central, a concepção não apenas visa estabelecer uma plataforma centralizada, mas também promover uma competição mais acirrada entre instituições financeiras e fintechs.

Isso, por sua vez, poderia gerar vantagens para os consumidores, como uma competição direta por taxas de juros mais vantajosas, todas disponíveis na mesma tela.

Além disso, a disputa pelo oferecimento dos investimentos mais promissores para os recursos dos clientes também estaria em jogo.

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