Formigas podem escapar de prisão sem planejamento, aponta pesquisa
Estudo foi conduzido por meio de uso de robôs similares às formigas, designados para fazer tarefas complexas usando parâmetros básicos.
Não é de hoje que os cientistas dizem que as formigas são animais fantásticos, porém uma pesquisa publicada recentemente na “eLife” chegou a uma conclusão realmente chocante: usando robôs, os pesquisadores concluíram que formigas conseguem escapar de uma prisão sem qualquer planejamento. Elas só “vão” juntas.
A pesquisa foi feita em Harvard. A ideia principal era entender a dinâmica coletiva de insetos sociais, como abelhas, cupins e, é claro, as estrelas deste artigo: as formigas. “[Queremos entender] especialmente como esses insetos podem manipular o ambiente e criar arquiteturas funcionais complexas”, disse L. Mahadevan, professor de matemática aplicada e autor sênior do estudo.
Como as formigas conseguem?
Elas usam as antenas para interagir com o ambiente e também com outras da mesma espécie.
Ao longo dos estudos, os pesquisadores perceberam que elas se encontravam espontaneamente nas áreas em que interagiam com frequência. Além disso, viram também que, quando algumas delas se juntavam em torno de um propósito, as outras rapidamente chegavam para ajudar.
Observando o comportamento das formigas, os estudiosos chegaram à conclusão de que elas basicamente usam duas variáveis para fazer o seu trabalho: força de cooperação e taxa de escavação. Com simulações numéricas a partir de modelos matemáticos, chegaram à conclusão também de que as formigas só têm sucesso quando trabalham juntas.
E os robôs?
Calma, eles entram na pesquisa agora! Após concluírem as observações quanto aos insetos, os pesquisadores construíram pequenos robôs, apelidados de RAnts (robot ants ou “formigas robô”, em tradução livre).
O objetivo era descobrir se, trabalhando juntos, eles conseguiriam escapar de um curral, assim como os bichinhos de verdade. Em de antenas e feromônios, os RAnts seguiriam um rastro de luz deixado. Os pequenos robôs foram programados para: seguir o rastro, evitar outros robôs onde a densidade da luz era alta, pegar obstáculos onde havia mais luz e soltá-los onde havia menos.
Seguindo estes comandos simples, as formigas robô conseguiram escapar rapidamente. Foi simplesmente incrível! A técnica, de acordo com os pesquisadores, é flexível e resistente a erros de sensibilidade e controle. Além disso, se mostra mais resiliente do que outras abordagens colaborativas para solucionar problemas.
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