Geração Z é menos independente financeiramente e menos propensa a formar família
Esse resultado foi obtido numa comparação entre os jovens atuais e a geração anterior.
De acordo com um levantamento da Pew Research Center que foi veiculado pela rede CNBC, a geração Z é menos propensa a ser independente financeiramente e ter filhos, quando comparada com seus pais.
No estudo, a pesquisadora Kim Parker, que é diretora de pesquisas da Pew Research Center, e sua equipe, entrevistaram mais de 3 mil pais de adultos jovens da geração Z e cerca de 1,5 mil pessoas com idades entre 18 e 34 anos.
Como resultado, ficou claro que apesar de mais instruída e qualificada, essa geração tem mais dificuldades em prosperar financeira e pessoalmente falando do que a anterior. Aqui vale destacar que são classificados como integrantes da geração Z aqueles que nasceram entre 1996 e 2012.
“Eles [a geração Z] são mais instruídos, mas estão contraindo muito mais dívidas, o que torna tudo mais difícil”, explicou Kim Parker.
Os motivos
Segundo o estudo da Pew Research Center, o principal motivo para as dificuldades de desenvolvimento financeiro e pessoal da geração Z é a economia atual.
O levantamento aponta, por exemplo, que apenas 45% dos jovens entre 18 e 34 anos que foram entrevistados afirmam possuir independência financeira. Paralelamente, outro levantamento, este da Intuit Credit Karma, mostra que 31% dos jovens da mesma idade permanecem vivendo com os pais por não ter dinheiro para se manter sozinhos.
Kim Parker destaca que os custos de habitação são vilões cruéis nessa equação. “Existem tantos desafios com o custo da habitação. Esse é um fator que paralisa os jovens adultos”, destacou.
Ademais, outros estudos mostram que uma média de 38% dos membros da geração Z entrevistados têm a percepção de que quando seus pais tinham a mesma idade a economia estava melhor de uma forma geral. As principais queixas são relacionadas ao valor dos imóveis e ao custo de vida no geral.
Sem grana para formar uma família
Por toda essa dificuldade, muitas pessoas da geração Z estão deixando de lado o ideal de casar e estabelecer uma família. Para a maioria delas, lidar com as necessidades de um cônjuge e de filhos é um desafio grande demais para ser vencido.
O resultado é um número cada vez maior de famílias compostas por pais com filhos adultos e até conglomerados familiares que agregam vários casais (os pais e seus filhos com respectivos cônjuges) em um mesmo imóvel, por exemplo.
Essa prática teria correlação com a ideia de que juntos esses indivíduos podem ajudar uns aos outros no sustento cotidiano.
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