Governo Jair Bolsonaro (2019-2022)
O governo de Jair Bolsonaro, iniciado em 2019, é conhecido pelas políticas com objetivo de combater a corrupção e fortalecer a economia.
Natural de Glicério, município de São Paulo, Jair Messias Bolsonaro nasceu no dia 21 de março de 1955. Filho de Olinda Bonturi e Geraldo Bolsonaro, Jair foi deputado federal por sete mandatos entre os anos de 1991 e 2018, sendo eleito por diferentes partidos ao longo de sua carreira.
Durante os 27 anos de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, ele ficou conhecido pela personalidade controversa e visões políticas conservadoras.
Bolsonaro se elegeu presidente pelo Partido Social Liberal (PSL), ao qual foi filiado até novembro de 2019.
Três de seus filhos também estão no mundo da política: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Social Cristão – PSC), Flávio Bolsonaro (senador fluminense pelo PSL) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo, também pelo PSL).
Antes de entrar na política, Bolsonaro se formou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 e serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército Brasileiro.
Campanha presidencial de Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi anunciado como pré-candidato à Presidência do Brasil em março de 2016 pelo PSC. No entanto, foi somente em janeiro de 2018 que ele anunciou sua filiação ao PSL, o nono partido de sua carreira desde que foi eleito vereador em 1988.
Lançada em agosto de 2018, a campanha presidencial de Bolsonaro tinha Hamilton Mourão como vice na chapa. Ele se apresentou como um candidato defensor de valores conservadores e de políticas mais rigorosas na área da segurança pública.
No dia 6 de setembro de 2018, Bolsonaro sofreu um atentado durante sua campanha em Juiz de Fora, quando foi esfaqueado no abdômen. O candidato precisou passar por quatro cirurgias e ficou algumas semanas em recuperação.
Primeiro e segundo turno
No dia 7 de outubro de 2018, Bolsonaro ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais com 46,03% dos votos.
O candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), ficou em segundo lugar com 29,28%.
Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República do Brasil em 28 de outubro, quando venceu o segundo turno com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% de Fernando Haddad.
Presidência da República
Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão tomaram posse como presidente e vice-presidente da República no dia 1º de janeiro de 2019 em uma cerimônia no Congresso Nacional. Ele recebeu a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Michel Temer e discursou no parlatório do Palácio do Planalto.
A posse de Bolsonaro contou com o maior reforço de segurança na história das posses. Ao todo, cerca de seis mil agentes e 2,6 mil policiais militares estavam presentes.
Após divergências políticas com Luciano Bivar, presidente do PSL, Bolsonaro desfiliou-se do partido no dia 19 de novembro de 2019. Essa foi a primeira vez na história, desde a redemocratização do país, que um presidente ficou sem legenda partidária durante o mandato.
Economia no governo Bolsonaro
Bolsonaro nomeou Paulo Guedes como Ministro da Economia, seguindo seu posicionamento mais liberal. Em entrevista, o presidente afirmou que o “livre-mercado é a mãe da liberdade”.
O presidente e sua pasta econômica têm uma agenda de privatizações de empresas estatais.
Em maio de 2018, Bolsonaro defendeu a flexibilização dos direitos trabalhistas. Já em 2020, o presidente e sua equipe instituíram o auxílio emergencial e uma série de benefícios para mitigar os efeitos causados pela crise do novo coronavírus.
Meio ambiente no governo Bolsonaro
No período de transição governamental, Bolsonaro chegou a pensar em extinguir o Ministério do Meio Ambiente, mas recuou na decisão.
Entretanto, o departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente foi incorporado pela Secretaria de Ecoturismo, enquanto o Serviço Florestal Brasileiro foi transferido do Ministério do Meio Ambiente para a Agricultura.
No mês de abril de 2019, a revista Times elegeu o presidente como uma das cem pessoas mais influentes daquele ano. Em suma, a revista ressaltou que o governo Bolsonaro representaria a ruptura em uma sequência de corrupção, porém destaca que seu caráter controverso poderia reverter o progresso brasileiro com relação às mudanças climáticas.
Segurança pública no Governo Bolsonaro
Durante sua campanha eleitoral, Jair Bolsonaro teve um discurso imponente no que diz respeito ao enfrentamento da criminalidade.
Um dos seus primeiros atos ao tomar posse em 1º de janeiro de 2019, foi unificar dois ministérios: o da Justiça e o da Segurança Pública. Além disso, escolheu Sergio Moro para comandar o superministério.
Em 2019, a Veja divulgou que o segmento de segurança pública tinha respaldo de 57%, ou seja, a área com maior aprovação.
Moro traçou três pilares para sua gestão: combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Em abril de 2020, o ex-juiz anunciou que deixaria o governo Bolsonaro.
Veja também:
- Governo Fernando Collor de Melo (1990-1992)
- Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
- Governo Lula (2003–2010)
- Governo Dilma Rousseff (2011-2016)
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