Greve em Nova York: saiba por que enfermeiros decidiram paralisar as atividades
Em atos de manifestação, enfermeiros paralisam as suas atividades para protestar em busca de um salário digno nas negociações de contrato. Entenda.
Ao todo, foram contabilizados mais de 7 mil enfermeiros do hospital Montefiore Medical Center, localizado no Bronx, bem como no Mount Sinai Hospital, em Manhattan. As informações foram concedidas pela Associação de Enfermeiros do Estado de Nova York por meio de uma nota. Entenda o que está acontecendo.
Enfermeiros fazem grave
Na última segunda-feira, 9, os enfermeiros desses dois hospitais de Nova York decidiram entrar em greve para protestar contra as decisões tomadas em suas negociações contratuais. O protesto é referente aos valores recebidos como salário. Isto é, estão todos em negação ao que está sendo oferecido. O ato, prontamente, mobilizou muitos trabalhadores. Os hospitais precisaram remarcar as consultas e os procedimentos que estavam agendados.
Em defesa dos trabalhadores, Mario Cilento, presidente da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO) de NY informou: “Esses enfermeiros são profissionais dedicados que fornecem atendimento de qualidade aos pacientes em condições inimagináveis”.
“O tratamento dispensado pelos hospitais a esses enfermeiros é a prova de que todas as suas palavras de adulação por seus heróis da saúde durante a pandemia foram vazias”, completou Cilento.
Paralização em Nova York
Com a manifestação, os hospitais emitiram uma declaração na qual apontavam que ofereceram um aumento de 19,1% de aumento salarial. O Montefiore Medical Center, por exemplo, se manifestou dizendo que está tomando as devidas medidas para criar 170 novos cargos para os enfermeiros.
“Permanecemos comprometidos com um atendimento contínuo e compassivo, reconhecendo que a decisão da liderança sindical provocará medo e incerteza em nossa comunidade”, informou.
Após a manifestação, o Montefiore também apontou que foi preciso reagendar todas as cirurgias e procedimentos que estavam previstos para o ambulatório. Da mesma forma, o Sinai sinalizou que grande parte das consultas e dos exames precisaram ser adiados. As negociações contratuais começaram há quatro meses.
Desde então, o sindicato promove ações para fechar novos acordos entre os hospitais de Nova York. No último domingo, o mesmo sinalizou que ofereceu acordos provisórios para os enfermeiros que entraram em greve.
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