Guerra no Oriente Médio: 7 pontos cruciais para entender o conflito entre Israel e Palestina
De volta aos noticiários, os conflitos entre israelenses e palestinos têm se arrastado há mais de 70 anos e ainda não há uma expectativa de paz entre as partes. Entenda como esse impasse histórico se desenrolou!
O conflito entre israelenses e palestinos, uma disputa que se arrasta há pelo menos sete décadas, atingiu um novo pico de tensão recentemente, com eventos trágicos que levaram ao aprofundamento das hostilidades.
O impasse é tão antigo que muitos nem mesmo sabem o que deu origem à guerra. Neste artigo especial, vamos mostrar as origens e os principais pontos que moldaram esse atrito histórico. Confira!
1. Como tudo começou?
No início do século XX, influenciados pelo antissemitismo europeu, o movimento sionista ganhou força, expulsando judeus da Europa e levando-os a buscar estabelecer um Estado judeu.
Eles migraram para a região da Palestina, então parte do Império Otomano, habitada principalmente por árabes muçulmanos. Isso criou tensões à medida que a imigração judaica aumentava.
Após a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu o mandato da Liga das Nações para administrar a Palestina. No entanto, promessas não cumpridas feitas aos árabes e judeus aumentaram as tensões, levando a confrontos.
Os conflitos armados levaram a morte de milhares de pessoas, redução do território palestino pela metade e obrigou cerca de 750 mil palestinos a se refugiarem em outros países.
2. A criação de Israel no Oriente Médio
Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a pressão internacional para estabelecer um Estado judeu cresceu. A ONU aprovou um plano de partilha em 1947, mas os árabes rejeitaram, desencadeando uma guerra após a fundação de Israel em 1948.
De acordo com a tradição judaica, a região onde foi criado o Estado de Israel foi prometida por Deus a Abraão, o que foi sustentado pelo Comitê Especial das Nações Unidas acerca da Palestina (UNSCOP, na sigla em inglês) como razão para escolha do local.
3. Gaza e Cisjordânia
Israel capturou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias de 1967, estabelecendo um cenário para conflitos futuros, pois ambos eram territórios palestinos.
Gaza foi parcialmente liberada em 2005, mas permanece sob controle israelense e do Hamas, o principal grupo islâmico palestino. Enquanto isso, a Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina.
(Imagem: divulgação)
4. Por que nunca houve um acordo de paz?
Mesmo 50 anos após a última guerra, as tensões continuam intensas. Os principais pontos de conflito incluem Jerusalém, as fronteiras e a construção de assentamentos israelenses.
Jerusalém é reivindicada como capital por ambas as partes, e as fronteiras pré-1967 são uma demanda palestina. Além disso, os assentamentos israelenses na Cisjordânia ainda são um grande ponto de discórdia.
5. A Palestina é uma nação?
Em 2012, as Nações Unidas reconheceram a Palestina como um “Estado observador não membro”, concedendo-lhe maior presença diplomática. Porém, isso não criou um Estado palestino de fato. Ou seja, a região não é considerada um país.
6. Interferência internacional no conflito
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel, oferecendo assistência militar substancial. Por outro lado, países como o Irã e a Síria, bem como grupos como o Hezbollah, apoiam os palestinos, mas sem o suporte de potências militares.
7. O que é preciso para um acordo de paz?
Para alcançar uma paz duradoura, os israelenses precisariam apoiar um Estado palestino soberano que inclua o Hamas, encerrar o bloqueio em Gaza e aliviar as restrições na Cisjordânia.
Por outro lado, os palestinos devem renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel. Questões como fronteiras, assentamentos e refugiados também precisariam ser resolvidas.
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