Indústria do açaí brasileiro explora trabalho infantil para abastecer mercado
Com aumento da demanda por açaí no mercado externo e interno, também houve um crescimento considerável nos casos de trabalho infantil. Veja as informações.
Nas últimas décadas, o açaí que vem do Norte do Brasil conquistou todo o país. Outros lugares do mundo também se renderam à iguaria. O que você provavelmente não sabe é que, para que essa delícia chegue até a sua geladeira, foi necessário muito trabalho. Um feito por crianças. Entenda um pouco mais sobre o trabalho infantil na indústria.
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Exploração do trabalho infantil
O trabalho de extração do açaí envolve subir em árvores muito altas, o que geralmente é feito com pouquíssima segurança. Para piorar, a maior parte desse processo é feito por crianças. Em especial, por crianças indígenas que, sem oportunidades de desenvolvimento econômico, se arriscam principalmente para sustentar a família.
Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o Brasil é o país que lidera o ranking de violações das leis de trabalho infantil no mundo. Essas transgressões não se resumem apenas à indústria do açaí, mas em diversos outros setores, tanto nas zonas rurais quanto urbanas. É possível encontrar o trabalho infantil em qualquer área.
De acordo com o The Washington Post, as crianças sobem em enormes pés de açaí, que chegam a apresentar mais de 20 metros de altura, justamente porque são mais leves. Como o caule da árvore é bastante fino, a utilização de jovens também se dá como uma forma de impedir que a árvore quebre, o que daria prejuízo aos adultos à frente.
Perigos envolvidos na extração do açaí
Para muito além do perigo da altura, essas crianças também precisarão lidar com todos os outros que estão presentes nas grandes florestas tropicais, como é o caso da Amazônia, de onde vem maior parte do açaí. São diversos os fatores que colocam em risco à saúde delas, desde mordidas de cobras e aranhas até o desenvolvimento de doenças por picadas de mosquitos.
Ademais, a extração geralmente acontece sem que haja qualquer procedimento de segurança, ou seja, sem o uso de equipamentos de proteção. Sem falar na baixa remuneração. É por isso que cada vez mais ONGs estão se dedicando à tentativa de reduzir essa exploração do trabalho das crianças na região Norte do país.
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