Julho de 2023 já é o mês mais quente da história, indica estudo

Os dados, que foram levantados pela OMM, são alarmantes e mostram alguns aspectos climáticos incomuns. Saiba mais sobre isso!

Julho de 2023 está se revelando um mês de proporções históricas, com dados alarmantes indicando que este pode ser o mês mais quente já registrado no planeta.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou informações preocupantes na última quinta-feira (27), mostrando que as três primeiras semanas de julho estabeleceram novos recordes de temperatura média global do ar, superando o antigo recorde estabelecido em julho de 2019.

Há a necessidade de uma ação efetiva para combater as mudanças climáticas

As altas temperaturas têm desencadeado ondas de calor em várias regiões do Hemisfério Norte. O Vale da Morte, nos EUA, e o noroeste da China experimentaram temperaturas de até 50°C em 16 de julho, resultando em recordes históricos de calor.

(imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução)

Além disso, a Europa enfrentou altas extremas, com a Catalunha alcançando o dia mais quente já documentado. Tal situação levou a incêndios florestais catastróficos em países como Canadá e Grécia, causando danos à vida selvagem e habitats naturais, bem como impactos na saúde das populações locais.

Especialistas do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF, sigla em inglês), responsável pelo Copernicus Climate Change Service (C3S), enfatizaram que esse aumento está diretamente relacionado às emissões antropogênicas de gases de efeito estufa.

Carlo Buontempo, diretor do C3S, alertou que as temperaturas recordes fazem parte de uma tendência crescente de aquecimento global.

Evidências científicas apontam para a influência humana nesse cenário alarmante, reforçando a necessidade urgente de reduzir as emissões e adotar medidas para limitar o aquecimento global.

A onda de calor extrema tem causado um impacto significativo na saúde humana, com relatos de mais casos de insolação, desidratação e outras doenças relacionadas ao a altas temperaturas.

As consequências vão além das questões de saúde, afetando diretamente a economia. Setores como agricultura, turismo e energia sofrem perdas significativas para os agricultores e empresas turísticas em meio a um cenário de condições climáticas cada vez mais imprevisíveis.

O Secretário Geral da OMM, Prof. Petteri Taalas, apontou que a crise climática é uma realidade dolorosa e uma previsão do que ainda está por vir.

A organização prevê que há 98% de chance de que pelo menos um dos próximos cinco anos seja ainda mais quente que julho de 2023, e 66% de chances de exceder temporariamente o limite de 1,5°C da média pré-industrial.

A luta contra as mudanças climáticas agora é urgente, e essas alterações não podem ser vistas como um mero capricho, mas sim como uma necessidade para proteger o planeta e a vida em suas diversas formas.

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