LEGO faz anúncio IMPORTANTE sobre a produção de seus icônicos blocos; saiba mais
Após mudança em 2021, a empresa voltou atrás e desistiu de usar plástico reciclado em seus brinquedos. Saiba o porquê!
A gigante LEGO tomou uma decisão importante para o seu negócio: a partir de agora, não irá mais produzir seus brinquedos com plástico reciclado. A decisão de usar o material havia sido tomada em 2021, quando buscaram uma alternativa para o ABS.
O ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) é feito com plástico derivado do petróleo. A alternativa que tinham encontrado foi o RPET (tereftalato de polietileno reciclado).
Porém, apesar da questão envolver a sustentabilidade, a empresa percebeu que a decisão não foi a melhor para a sua produção. Entenda!
Por que a LEGO parou de produzir brinquedos com plástico reciclado?
(Imagem: divulgação)
O CEO da empresa, Niels Christiansen, anunciou a mudança recentemente ao jornal Financial Times. De acordo com ele, apesar de a troca inicial visar a sustentabilidade, o RPET, na verdade, resulta em maiores emissões de CO2.
Isso porque, segundo ele, para a produção com o plástico reciclado, é preciso alterar todas as máquinas da linha de produção.
“É como tentar fazer uma bicicleta de madeira em vez de aço”, resumiu o chefe de desenvolvimento sustentável da LEGO, Tim Brooks. Hoje, eles usam mais de 2 kg de petróleo para fazer 1 kg de plástico. E o ABS é usado em mais de 80% dos blocos da empresa.
Outros fatores que motivaram a mudança
A empresa também declara que todos os blocos criados com o RPET não são tão resistentes quanto o ABS, o que leva a outra questão: a durabilidade de todos os produtos.
Ou seja: a sustentabilidade existe na produção – na teoria – mas, na prática, os brinquedos durarão menos e, assim, exigirão a recompra.
Christiansen continou, garantindo que a mudança na matéria prima acontecerá gradualmente para outro plástico, e a empresa continuará procurando outras formas de produção que sejam boas para o meio ambiente.
Em suas promessas, o executivo afirmou que até 2032 a LEGO pretende reduzir suas emissões de gases em até 37% em relação a 2019 – e os materiais mais sustentáveis têm um papel importante nessa mudança.
Ainda assim, o fracasso com a RPET foi duro para com a empresa, que escolheu o produto entre as mais de 250 variantes possíveis, e também já havia passado por toda a regulamentação europeia e americana.
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