Mais um lote de produtos para cães deve ser retirado das ruas; entenda

Foi determinado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o recolhimento de outro produto destinado a animais.

Foi determinado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o recolhimento de outro produto destinado a animais depois dos casos de intoxicação de cães por conta da suspeita de terem comido alguns petiscos contaminados. Pelo menos 54 mortes de animais com suspeitas de intoxicação estão sendo investigadas em todo o Brasil.

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A pasta federal determinou que fossem retirados do mercado todos os alimentos específicos, como bifinho, snacks e petiscos, além dos produtos mastigáveis de todas as linhas que são destinados aos cães, da marca Petitos Indústria e Comércio de Alimentos que foram fabricados no período entre janeiro e setembro deste ano de 2022.

Com essa nova ação, já são cinco empresas que receberam a determinação do Ministério da Agricultura para que sejam recolhidos os produtos após uma detecção do uso de dois lotes de propilenoglicol que foram contaminados com monoetilenoglicol (AD5035C22 e AD4055C21), que são fornecidos pela empresa Tecnoclean.

Além dos PETITOS, a BASSAR Indústria e Comércio LTDA foi identificada como a primeira empresa a ter que recolher os seus produtos após determinação do ministério. Na semana passada, a FVO Alimentos LTDA, Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais e a Upper Dog Comercial LTDA também acabaram entrando na extensa lista.

“As investigações, que continuam em andamento, indicam que esses produtos de alimentação animal foram destinados somente para o mercado interno. Para todos os lotes de alimentos suspeitos foram determinados recolhimento e todas as empresas envolvidas já foram fiscalizadas. As empresas foram interditadas”, informou o comunicado enviado pelo ministério.

Também foi determinado pela pasta anteriormente que as empresas registradas juntamente ao ministério realizassem a suspensão imediata do uso dos produtos em suas linhas de produção desses dois lotes da matéria-prima propilenoglicol, que estão relacionadas a contaminação por monoetilenoglicol.

Também conhecido como etilenoglicol, esse é um produto tóxico e é normalmente utilizado para poder refrigerar alguns itens, sendo encontrado também em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras. Já a outra matéria-prima, propilenoglicol, seria um insumo utilizado pelo setor de indústrias na hora de fabricar alimentos para humanos e animais. O uso desse produto é liberado desde que ele seja adquirido de empresas legalmente registradas.

“Até o momento, não existe diretriz do Ministério de suspender o uso de produtos que contenham propilenoglicol na sua formulação, além dos já mencionados”, foi a informação passada pelo ministério.

Tendo sua sede registrada em Pirassununga, no interior de São Paulo, a Petitos Indústria e Comércio de Alimentos disse de forma afirmativa que, da mesma forma que os outros fabricantes, eles receberam a notificação cautelar do ministério determinando que fossem recolhidos do mercado de consumo de todos os alimentos e produtos que fossem mastigáveis destinados aos cães.

A empresa também falou que tinha a Tecnoclean como uma das suas fornecedoras.

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