Marie Curie: vida e legado de uma das maiores cientistas da história
Curie foi responsável pela descoberta da radioatividade, além de outros enormes avanços científicos, além de ter sido a primeira mulher da história a receber um prêmio Nobel e ser até hoje a única pessoa a ser premiada em duas áreas distintas.
Marie Curie foi, sem dúvidas, um dos maiores nomes da história, tendo contribuído grandemente para a ciência e recebendo dois prêmios Nobel, sendo inclusive a primeira mulher da história a ser laureada pela premiação.
Nascida em condições modestas na Polônia do século XIX, originalmente Maria Skłodowska, superou obstáculos como a morte precoce de sua mãe e as limitações financeiras e sociais em uma época na qual ninguém acreditava que uma mulher pudesse ser cientista.
(Imagem: Flickr)
Os primeiros passos na ciência
Longe de se deixar abater por esses obstáculos, Marie cultivou seu amor pela ciência e pela matemática por meio da autodidaxia e da educação informal.
Sua jornada, desde sua juventude, em Varsóvia, até sua presença nas salas de aula e nos laboratórios da Sorbonne, em Paris, é uma história repleta de descobertas que revolucionaram a ciência e a medicina.
Seu espírito inquieto a levou a Paris, pois ela acreditava que a cidade ofereceria maior liberdade acadêmica. Por lá, ela conheceu Pierre Curie, um colega cientista que se tornaria seu parceiro, tanto no amor quanto na pesquisa.
A descoberta da radioatividade
Unidos por uma paixão compartilhada pela descoberta científica, Marie e Pierre Curie embarcaram em uma jornada para explorar o misterioso universo da radioatividade, um termo que foi cunhado pela própria Marie Curie.
O trabalho conjunto do casal resultou em descobertas revolucionárias que alteraram de forma irrevogável nossa compreensão do mundo natural.
Em 1898, anunciaram a descoberta de dois novos elementos: o polônio, em homenagem à terra natal de Marie, a Polônia, e o rádio, um elemento que se tornaria sinônimo de radioatividade.
As contribuições de Marie foram muitas, mas a descoberta da radioatividade foi certamente a mais marcante, tanto para o mundo quanto para a própria cientista, mesmo que de uma forma trágica.
Os prêmios Nobel de Marie Curie
Marie Curie isolou meticulosamente esses elementos, um processo árduo que envolveu o manuseio de toneladas de minério de pechblenda, uma variedade de uraninita.
Essa dedicação a levou a receber seu primeiro Prêmio Nobel de Física, em 1903, o qual compartilhou com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel. Essa conquista monumental a tornou a primeira mulher da história a receber um Prêmio Nobel, rompendo assim mais uma barreira.
Em 1911, ela recebeu seu segundo Prêmio Nobel, dessa vez em Química, por sua contribuição ao avanço da química por meio da descoberta dos elementos rádio e polônio, pelo isolamento do rádio e pelo estudo de sua natureza e seus compostos.
Essa conquista fez dela a primeira pessoa a receber Prêmios Nobel em duas disciplinas científicas distintas, um feito que permanece inigualado até os dias atuais.
Trágico fim de uma carreira brilhante
Marie Curie faleceu em 4 de julho de 1934, aos 66 anos, em Sancellemoz, França, devido a complicações relacionadas à anemia aplástica. Esse foi um resultado direto dos anos de exposição às suas próprias descobertas.
Ela foi exposta repetidamente à radiação enquanto realizava experimentos com substâncias radioativas, como o rádio e o polônio, que ela e seu marido, Pierre Curie, descobriram.
Na época de suas descobertas, os efeitos nocivos da radiação ainda não eram completamente compreendidos. Dessa maneira, as medidas de proteção eram quase inexistentes.
Mesmo diante da deterioração de sua saúde, Curie continuou a trabalhar em seus estudos científicos e colaborou com outras pesquisas, tendo sua dedicação à ciência permanecido inabalável até o fim de sua vida.
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