Mistério: a maldição do túmulo de Tutancâmon é real?
Descubra os mistérios e as possíveis explicações científicas por trás da maldição da tumba de Tutancâmon.
A descoberta da tumba de Tutancâmon, em novembro de 1922, pelo arqueólogo britânico Howard Carter, é considerada uma das mais significativas do século XX.
No entanto, além da riqueza arqueológica, a tumba do jovem faraó egípcio também despertou o temor devido à chamada “Maldição do Faraó”.
O início do mistério
Ao longo dos anos que se seguiram à abertura da tumba, várias mortes inexplicáveis ocorreram entre os membros da equipe de arqueólogos e outros associados à descoberta.
Seis das 26 pessoas presentes na abertura morreram de forma misteriosa dentro de uma década.
O primeiro e mais notório caso foi o de Lord Carnarvon, financiador da expedição, que faleceu em abril de 1923, menos de um ano após a descoberta, devido a uma infecção causada por uma picada de mosquito.
A teoria da radiação
Recentemente, o pesquisador aposentado Ross Fellowes, em seu artigo publicado no Journal of Scientific Exploration, apresentou uma explicação científica para esses eventos.
Fellowes sugere que a radiação, proveniente de urânio e outros resíduos tóxicos, pode ter sido a verdadeira causa das mortes.
A radiação dentro da tumba de Tutancâmon seria tão intensa que qualquer pessoa exposta a ela poderia desenvolver doenças fatais, como câncer.
Ele aponta que níveis excepcionalmente elevados de radiação foram detectados não apenas na tumba de Tutancâmon, mas em outras tumbas antigas no Egito, sugerindo uma exposição prolongada e perigosa a essas radiações.
Tumba de Tutancâmon foi descoberta em 1922, mas o mais intrigante são os fatos que se sucederam à sua descoberta. Imagem: Getty Images/Reprodução
Mortes misteriosas
Além de Carnarvon, outras mortes ocorreram em circunstâncias igualmente misteriosas.
O próprio Howard Carter, que abriu a tumba, morreu em 1939 após uma longa luta contra o linfoma de Hodgkin, uma forma de câncer que alguns especulam ter sido causada pela radiação.
O egiptólogo Arthur Weigall, que também esteve presente na abertura, morreu de câncer em 1934.
Outros membros da equipe de escavação sofreram com doenças como pneumonia, diabetes e malária, todas com suspeita de estarem relacionadas à exposição à radiação.
Algumas teorias sugerem que os antigos egípcios estavam cientes dos perigos das toxinas e radiações presentes em suas tumbas.
Inscrições nas paredes de algumas tumbas alertavam sobre maldições destinadas a quem perturbasse o repouso dos faraós.
Essas advertências podem ter contribuído para a crença em maldições sobrenaturais, alimentando o medo e o mistério em torno das tumbas antigas.
Eventos estranhos
Além das mortes, eventos estranhos ocorreram na época da abertura da tumba.
O National Geographic relata que, durante a escavação, houve uma queda de energia inexplicável no Cairo e uma tempestade de areia repentina.
O cachorro favorito de Carnarvon teria uivado e morrido subitamente, e muitos associaram essas ocorrências à maldição do faraó.
De acordo com Fellowes, todos esses estranhos eventos estariam intrinsecamente ligados à radiação contida na tumba.
Segundo ele, “níveis de radiação excepcionalmente elevados foram documentados nas ruínas das tumbas do Antigo Reino” e também em outros locais do Egito.
Isso seria a explicação para que a população do país, contemporânea e antiga, seja tão acometida por cânceres hematopoiéticos, de osso/sangue/linfa, cuja principal causa para isso é a elevada exposição à radiação.
Seu estudo ainda aponta que os níveis de radiação ao redor das tumbas são 10 vezes maiores do que o nível máximo de segurança aceito, encontrando assim amparo para suas afirmações.
Com base em todas essas informações, a “Maldição do Faraó” continua a fascinar e assustar. E, embora a ciência forneça explicações plausíveis como a radiação, o mistério e o misticismo permanecem.
As mortes e eventos misteriosos associados à abertura da tumba de Tutancâmon são intrigantes e mostram os perigos ocultos que podem espreitar em descobertas arqueológicas, bem como o imenso e duradouro poder das lendas antigas.
*Com informações de Aventuras na História, New York Post e Journal of Scientific Exploration (JSE).
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