Moçambique – História, bandeira, população, economia, recursos naturais
Moçambique, dono do quinto menor IDH do mundo e uma das nações mais pobres do mundo, possui inúmeras riquezas naturais advindas do solo.
Moçambique é um dos países do continente africano, sendo considerado como um dos mais pobres e menos desenvolvidos do mundo.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgados em 2010, 55% da população da nação vive abaixo da linha de pobreza.
História
A história de Moçambique versa sobre o período pré-colonial, a penetração colonial e a luta pela independência.
No período pré-colonial, os povos primitivos (bosquímanos caçadores e recolectores), fugiram para as regiões mais pobres em busca de recursos. Já na penetração colonial, final do século XV, foi quando existiu a penetração mercantil portuguesa, em busca de ouro e aquisição das especiarias asiáticas.
Os moçambicanos foram os mais sacrificados pela escravatura, sendo alguns exportados para as ilhas Mascarenhas, Madagáscar, Zanzibar, Golfo Pérsico, Brasil e Cuba. Assim, a ocupação colonial jamais foi pacífica.
A população praticava lutas de resistência, tendo destaque as resistências lideradas por Mawewe, Muzila, Ngungunhane, Komala, Kuphula, Marave, Molid-Volay e Mataca.
De modo prático, a chamada pacificação de Moçambique pelos portugueses só ocorreu no século XX. A opressão existente durante séculos e o colonial fascismo português resultou na luta dos moçambicanos, em busca da independência.
A luta pela independência
A luta de libertação Nacional foi dirigida pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Fundada em 1962, a FRELIMO se deu pela união de três movimentos: as União Nacional Democrática de Moçambique (UDENAMO), Mozambique African National Union (MANU) e União Nacional de Moçambique Independente (UNAMI).
A FRELIMO iniciou a luta de libertação Nacional em 25 de Setembro de 1964, e proclamou a independência do País no dia 25 de junho de 1975. Depois da década de 1980, Moçambique vivenciou um conflito armado pela Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO).
No conflito, muitas pessoas morreram e a estrutura econômica foi abalada, cessando apenas em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre FRELIMO e a RENAMO. E, em 1994, a nação executou as primeiras eleições multipartidárias.
Características gerais de Moçambique
Situado no sudeste da África, Moçambique é limítrofe a Tanzânia, no norte; a Malauí, a noroeste; Zâmbia e Zimbábue, a oeste; África do Sul e Suazilândia, a sudoeste; e ao oceano Índico, a leste.
Com uma extensão territorial de 801.590 km², Moçambique possui 11 províncias subdivididas em 33 municipalidades. A sua capital é Maputo e o sistema de governo vigente é o da república com forma mista de governo.
O clima do país é tropical.
Bandeira de Moçambique
A bandeira de Moçambique possui cinco cores: vermelho, amarelo, preto, verde e branco.
Cada uma possui um significado distinto:
- vermelho – designa a resistência ao colonialismo, a luta armada pela libertação nacional, assim como a defesa da soberania;
- amarelo – representa as riquezas do subsolo;
- preto – simboliza o continente africano;
- verde – retrata as riquezas do solo;
- branco – significa a luta do povo moçambicano e a paz.
Idioma
Ex-colônia de Portugal, Moçambique obteve a sua independência em 25 de junho de 1975.
Integrante dos países pertencentes a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Língua Portuguesa é o seu idioma oficial. Porém, apenas 40% da população fala a língua.
E ainda que nunca tenha sido colônia britânica, a nação enquadra a Comunidade Britânica, grupo constituído pelo Reino Unido e as suas antigas colônias.
População de Moçambique
Moçambique possui 23.405.670 habitantes, compostos por macuas (46,1%); tsongas, malavis e chonas (53%); e outros (0,9%). Esses são majoritariamente residentes na zona rural, cerca de 61,6%, em comparação aos moradores das áreas urbanas, apenas 38,4%. A densidade demográfica é de 29 habitantes por km².
A expectativa de vida ao nascer é de aproximadamente 50 anos. Porém, a mortalidade dos menores de cinco anos é a 16ª no mundo. Não por acaso, o índice de desenvolvimento humano (IDH) é super baixo, o quinto menor do mundo: 0,284.
Religião
As religiões dos moçambicanos são plurais, distribuídas em
- Crenças tradicionais – 49,9%
- Cristianismo – 38,9% (21,3% católicos, 12,6% protestantes e 5% outros)
- Islamismo – 10,4%
- Outras 0,2%
- Sem religião e ateísmo – 0,6%
Saúde
A malária é uma das principais dos problemas de saúde e da morte no território de Moçambique. O acesso aos cuidados em saúde, a água potável e a rede sanitária é muito baixo, prejudicando a saúde e o bem-estar das famílias.
Conforme os dados da UNICEF (2010), a cada duas crianças uma sofre com desnutrição crônica, sendo a responsabilidade de cerca de 15% da mortalidade infantil. Ainda quanto as crianças, só cerca de 30% delas recebem aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses.
Devido as condições precárias, estima-se que há aproximadamente 1,8 milhões de órfãos em Moçambique, desses 510.000 são decorrentes da AIDS.
Economia e recursos naturais
A economia de Moçambique é proveniente dos recursos obtidos com a pesca, principalmente do camarão; a agricultura (cana-de-açúcar, algodão, mandioca etc.); mineração; extração de gás natural; exploração de madeira e do turismo.
O país detém grandes grandes reservas de petróleo, gás natural, carvão, ouro, bauxita e outros minérios. Esses têm, inclusive, atraído, investimentos externos.
Contudo, a agropecuária é prejudicada pelas enchentes e extensos períodos de seca, que acabam por exigir auxílio alimentar para os seus moradores. A indústria é um setor importante também, especialmente com as bebidas e o tabaco.
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