Mulheres no mercado financeiro: o que todos deveriam saber
Muitas mulheres encontram-se em uma luta constante ao serem inseridas neste mercado, que é em sua maioria masculino.
Ao decorrer de vários anos, o mês da mulher vem sendo lembrado mundialmente. No entanto, é uma data que não somente nos remete a presentear com chocolates ou flores, mas sim celebrar as conquistas já feitas e as que ainda serão. Com base nisso, hoje falaremos sobre a mulher no mercado financeiro.
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Muitas mulheres encontram-se em uma luta constante ao serem inseridas neste mercado, que é em sua maioria masculino. Em um depoimento, Annalisa Blando, planejadora financeira e fundadora e CEO da ParMais, comenta um pouco da sua trajetória no mercado financeiro.
“Comecei ainda muito nova a cuidar das finanças de casa. Casei aos 17 anos com um atleta e sabíamos que ele acabaria se aposentando muito cedo. Então tentei ser trader, lia tudo o que encontrava sobre o assunto, estudei análise gráfica e fundamentalista. A crise de 2008 me mostrou que eu precisava aprender mais, então fiz uma pós-graduação em investimentos e mercado de capitais”, contou.
Contudo, ela revelou que, ao conhecer a profissão de planejador financeiro, decidiu então atuar nesse ramo. Mas, no decorrer de sua caminhada, Annalisa passou a perceber algumas coisas, dentre elas a falta de confiança por ser mulher. “Alguns clientes não iriam delegar os cuidados com o dinheiro a uma mulher, então andava sempre acompanhada de um dos meus sócios”, disse.
Segundo a CEO, o momento em que mais foi alvo de machismo ocorreu durante o processo da fundação da startup. Ela ainda confessou que o sexismo é algo real no meio financeiro, e conseguir a atenção do público, juntamente com a aprovação dos mesmos, se tornou o seu maior desafio.
“Ao longo dos anos, fui entendendo melhor que as situações que eu passava não eram exclusivas da minha realidade, mas sim construídas a partir de um machismo enraizado em nossa sociedade”. Segundo a planejadora, a melhor forma de evoluirmos neste assunto é através da educação e autoconhecimento.
Outro ponto abordado é que a gravidez não é um empecilho para o crescimento profissional, ou que estar certa sobre suas escolhas não significa agir de tal maneira devido à “TPM”.
“Hoje, eu entendo que empresas melhores são formadas por um maior equilíbrio entre gêneros, por mais diversidade e inclusão e, assim, tenho a convicção de que, sim, o mercado financeiro é lugar de mulher e de quem quiser estar nele”, concluiu Annalisa.
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