Neurocientistas acreditam que o TikTok prejudica a capacidade do cérebro de manter o foco

Às vezes, o uso de aplicativos ou de redes sociais pode parecer inofensivo para as nossas vidas, mas o que a gente não sabe, é que muita das vezes, eles podem trazer prejuízos ao cérebro.

Algumas redes sociais costumam ser alvo de críticas, justamente, por trazer algum tipo de prejuízo cognitivo para os usuários. E com o TikTok não está sendo diferente, pois neurocientistas acreditam que ele prejudica a capacidade do cérebro, de manter o foco.

TikTok gera prejuízos ao cérebro

A rede do TikTok tem sido alvo de críticas por questões relacionadas à segurança. Recentemente, um evento que gerou controvérsias foi o: “desafio do apagão”, que causou a morte de uma menina de 12 anos.

Mesmo quando o aplicativo é utilizado de forma apropriada, a rede que ficou popular pelos vídeos curtos, pode estar afetando as funções do nosso cérebro. O médico Fabiano de Abreu Agrela que tem PhD em neurociências e é biólogo, recentemente, realizou uma análise sobre a forma como o TikTok faz conteúdo e descobriu que ele pode prejudicar a capacidade de foco e concentração dos usuários.

O estudo foi aprovado pela revista científica Brazilian Journal of Development. Como explicado, as redes geram “vício de recompensa” no cérebro, e isso causa um desequilíbrio hormonal, que diminui a capacidade de foco e pode desenvolver doenças, como ansiedade e depressão.

Agrela explicou que: “o uso excessivo de redes sociais pautadas pela velocidade, onde conteúdos de curta duração são infinitamente fornecidos com base em gostos e necessidades, identificados via algoritmo, moldam a química cerebral, causando um vício na dopamina gerada por essas ‘pílulas de prazer’, que pode ser responsável pela fadiga mental”.

A fadiga não permite que o cérebro tenha o senso de concluir tarefas como ler um livro inteiro, cozinhar, arrumar um quarto, entre outros trabalhos. O que acontece é que o cérebro fica “acostumado” a substituir um estímulo por outro mais forte, que lhe cause um interesse maior.

Caso você não saiba, a dopamina é o agente responsável por essa condição. É o neurotransmissor que libera no cérebro um sistema de recompensa por atividades prazerosas, só que com o uso das redes sociais, elas ficam “banalizadas”.

É dessa forma que o cérebro fica viciado na substância e demanda doses cada vez maiores dela, e quando elas são fornecidas de forma reduzida, o organismo entende que a atividade deve ser interrompida.

O TikTok não é a única rede social com esse mecanismo problemático e vicioso. O Reels do Instagram e o YouTube Shorts também são conteúdos que apostam em vídeos curtos e que causam os mesmos males.

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