Essa pesquisa mostra que o nível de cortisol pode ter relação com a infância
Em novos estudos publicados, foi observado uma relação entre o status socioeconômico na infância com os níveis a longo prazo de cortisol.
Uma equipe de pesquisa encontrou uma potencial conexão entre o status socioeconômicos na infância e os níveis a longo prazo de cortisol no corpo. Parece surreal associar um aspecto a outro não é? Para explicar mais sobre isso, separamos esse artigo. Confira e entenda melhor como essa relação pode afetar a vida adulta.
A pesquisa
Através de amostras de cabelos de indivíduos com 19 anos de idade, foi observado o nível de cortisol e concluído que, 39% do cortisol era herdado, os 61% restantes foram devido a fatores externos ambientais. A herança deve-se ao grau em que as diferenças dentro de um grupo de pessoas podem ser atribuídas a fatores genéticos.
Esses resultados indicam que o status socioeconômico tem consequências nos níveis de cortisol a longo prazo. Pesquisas anteriores descobriram que crianças pobres enfrentam mais problemas de saúde e são mais expostas ao estresse a longo prazo.
Como foi feita a pesquisa?
O grupo de pesquisa reuniu 442 pares de gêmeos que faziam parte do Estudo Twin de Quebec no final dos anos 90, sendo que trinta por cento dos gêmeos eram descendentes de famílias que recebiam abaixo de 30.000 dólares canadenses por ano, o que na época era considerado situação de pobreza no país.
Quando os gêmeos completaram 19 anos, foram coletadas amostras de cabelos para serem analisados os níveis de cortisol dos indivíduos.
A pesquisa evidenciou que o status socioeconômico na infância tem influência direta nos níveis de cortisol aos 19 anos. Isso fez com que a equipe de pesquisa concluísse que realmente o status econômico das crianças tem relação direta com os níveis de cortisol alto mesmo após 19 anos e que essas pessoas devem passar por intervenções psicossociais com o objetivo de recalibrar a atividade do eixo HPA.
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