Fígado tem características “femininas” e podem servir de tratamento para doenças

Veja como o funcionamento do fígado é importante para o corpo humano e como o desenvolvimento de aspectos femininos desse órgão podem contribuir para o tratamento de doenças hepáticas.

Um novo estudo da University of Queensland registrou que o fígado pode ter uma resposta fisiológica autoprotetora diferenciada. Dessa forma, ocorrendo algum dano específico, esse órgão ganha algumas características consideradas “femininas”. Neste estudo, primeiramente, notou-se que isso acontece em roedores, e somente depois foi visto nos seres humanos. Por isso, entenda a função do fígado e como ele faz essa “mudança de sexo”.

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Fígado: qual o seu papel?

Esse é o maior órgão que o corpo humano tem, e por isso desempenha atividades fundamentais e complexas para o seu funcionamento. Todos os mecanismos, seja a respiração, o consumo de alimentos e bebidas ou a absorção que a pele realiza, entram na corrente sanguínea para ter o seu processamento sendo feito diretamente pelo fígado.

Algumas de suas funções específicas são: transformar as gorduras, proteínas e carboidratos em energia e nutrientes; quebrar gorduras por meio da produção da bile; eliminar as bactérias ruins e também os produtos químicos; entre outras.

Órgão dimórfico

É importante que se entenda que o fígado é um órgão sexualmente dimórfico, pois existem diferenciações específicas e notáveis entre o feminino e o masculino. Por isso, quando os pesquisadores buscavam compreender a relação entre relógio biológico, obesidade e diabetes é que a “mudança de sexo” por acaso foi descoberta.

Nessa situação, os pesquisadores alimentaram os roedores com uma alimentação rica em gordura após a remoção de um gene essencial para o funcionamento do relógio biológico. Dessa forma, era esperado que a diabetes ou a gordura no fígado fossem desenvolvidas neles, mas, na verdade, o fígado dos ratos machos acabou produzindo hormônio sexual feminino, o estrogênio.

Assim sendo, os estudiosos foram aprofundando as suas pesquisas em humanos e perceberam que quanto mais a doença avançava, mais o tecido do fígado ia adquirindo características “femininas”. O pesquisador Frederic Gachon concluiu então que a interrupção do relógio biológico pode se tornar um protetor para o fígado, pois vai influenciar na produção de hormônios como estrogênio e testosterona.

Tratamento para as doenças do fígado?

Assim, conclui-se que esse relógio biológico pode ter um papel de retardar o desenvolvimento das doenças, pois ajusta as vias do metabolismo. Dessa forma, os pesquisadores agora querem investigar se intervir no comportamento hormonal do ser humano pode servir de tratamento para as doenças do fígado.

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