Entenda melhor o Open Finance, sistema que tem sido prioridade do Banco Central

O sistema promete trazer mais opções de produtos e serviços financeiros, com menos custos e mais transparência aos clientes, que terão mais autonomia sobre suas finanças.

No mesmo caminho do PIX, a ampliação da opção de Open Finance tem sido prioridade na agenda do Banco Central (BC). Tendo como objetivo incentivar a competitividade no Sistema Financeiro Nacional (SFN), o sistema bancário aberto, onde é promovido o compartilhamento de dados bancários pessoais, tem a promessa de trazer mais opções de produtos e serviços financeiros, com menos custos e mais transparência aos clientes, que terão mais autonomia sobre suas finanças.

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Mesmo já sendo considerado uma realidade, com 5 milhões de consentimentos ativos, o diretor de regulação do BC, Otávio Damaso, afirmou que o sistema ainda não está funcionando a pleno vapor, por conta das inconsistências em informações que estão sendo compartilhadas. A declaração foi dada no dia 5 de julho, durante o evento do Open Banking 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (IBRAC).

Vale destacar que enquanto o Open Banking promove as mudanças no sistema bancário, o que tem gerado impacto principalmente nos bancos e fintechs, o Open Finance amplifica isso para o sistema financeiro de um modo geral, levando o novo fluxo de dados para outras empresas que fazem parte do Open Banking, como as corretoras.

Praticamente, o cliente é o dono de seus dados financeiros e poderá escolher quando e com quem irá compartilhar. O princípio fundamental do sistema é o consentimento do usuário, ou seja, as empresas devem, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente, seja ele pessoa física ou jurídica, somente se ele solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição.

Em vista disso, o Reino Unido foi o primeiro país a implantar um sistema semelhante, no ano de 2018. A Austrália implementou a primeira fase do seu programa em julho de 2022, e a Índia também já deu os primeiros passos para a criação do seu Open Banking. Países como EUA, Canadá e Rússia também analisam as possibilidades de incorporar o sistema de compartilhamento de dados aos seus sistemas financeiros.

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