Pesquisadores da UERJ investigam o aparecimento de 500 botos nas praias do Rio de Janeiro

Os botos que apareceram nas praias do Rio são da espécie boto-cinza, e acontecimento anima os turistas.

Na última quinta-feira, 4, o aparecimento de botos nas praias do Rio de Janeiro chamou a atenção de diversos turistas e banhistas. Afinal, essa é a primeira vez em três décadas que é possível encontrar os animais no estado. Diante dessa aparição, pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a UERJ, decidiram investigar o caso.

Cerca de 500 golfinhos aparecem no Rio

Segundo os cientistas da UERJ, foi possível mapear cerca de 500 golfinhos da espécie boto-cinza (Sotália guianensis) nas praias do Rio. Ademais, o grupo chamou atenção pela diversidade de idades, já que foi possível encontrar tanto botos juvenis quanto adultos e até mesmo filhotes nessa comunidade.

Com isso, a suspeita é que esses animais tenham conseguido se integrar à população da Baía de Guanabara. Entretanto, é preciso estudar mais antes de se chegar a uma conclusão. Além disso, é preciso saber também qual a origem desses animais e sob quais circunstâncias eles foram parar nas praias do Rio de Janeiro.

Nesse caso, uma das hipóteses dos pesquisadores é a de que esses animais provavelmente são da Baía de Ilha Grande e tenham migrado até as praias do Rio de Janeiro. Para os cientistas, um dos motivos que podem ter atraído essa comunidade à região do Rio é a busca por alimentos, o que explicaria a presença de comunidades inteiras nas praias.

Primeira aparição em três décadas

Essa é a primeira vez em 30 anos que foi possível registrar o aparecimento de golfinhos na região da Baía de Guanabara. Vale ressaltar que, na década de 1980, havia uma população de quase 400 golfinhos na região, o que indica que o aparecimento recente consta com mais animais que anteriormente.

Por fim, o ressurgimento da espécie trouxe consigo a certeza de que os programas de tratamento das águas na Baía de Guanabara estão surtindo efeito. Afinal, são vários os projetos em desenvolvimento para que a orla do Rio de Janeiro possua condições ambientais de abrigar novas espécies.

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