Plano Cohen
O Plano Cohen foi um documento forjado por aliados do governo Vargas que afirmava a existência de uma organização comunista pronta para tomar o governo.
O Plano Cohen foi um documento supostamente desenvolvido por comunistas para a tomada do poder, e revelado pelo governo de Getúlio Vargas.
De acordo com o governo, no documento possuía a organização de manifestações, greves, depredações e até mesmo assassinatos de figuras políticas.
Forjado pelo general Olímpio Mourão Filho, integrante da Ação Integralista Brasileira (AIB), o Plano Cohen serviu como justificativa para o fechamento do Congresso Nacional e para a promulgação de uma nova Constituição no período anterior à eleição presidencial do Brasil, que deveria acontecer em 1938.
Plano Cohen – Resumo
De acordo com a Constituição de 1934, o presidente deveria deixar o posto presidencial no final do quarto ano para, assim, a população ter o direito de definir o próximo representante político do país.
Em 1935, pessoas filiadas à Aliança Nacional Libertadora (ANL) tentaram tirar Getúlio Vargas do poder por meio de uma revolta conhecida como Intentona Comunista.
A agitação causada por esse episódio foi um importante elemento que poderia permitir sua manutenção no poder, pois, de acordo com o governo, a “ameaça comunista” havia se transformado em um problema real ao país.
No último ano do mandato de Vargas, em 1937, os grupos e partidos políticos se organizaram para escolher um novo presidente.
Até então, o cenário político do país estava seguindo os passos determinados pela Constituição. Reafirmando sua posição de protetor da democracia, Vargas permitiu que tudo caminhasse de maneira tranquila.
No entanto, no final de 1937, o general Góes Monteiro anunciou a descoberta de um preocupante plano revolucionário elaborado por comunistas, chamado de Plano Cohen.
De acordo com a declaração oficial, os comunistas planejavam diversas ações violentas que envolviam sequestros, depredações e assassinatos de políticos importantes do período.
A divulgação do documento foi o bastante para que Vargas anunciasse Estado de Guerra contra a ameaça comunista, também chamada de ameaça vermelha.
A partir de então, diversos opositores do governo e membros da ANL foram duramente perseguidos.
Rapidamente, o presidente Vargas, apoiado pelo Exército brasileiro, determina o cercamento do Congresso Nacional.
No mesmo dia, o presidente anuncia a existência de uma nova Constituição que estrearia um novo regime, o Estado Novo.
De acordo com o texto constitucional, os partidos seriam extintos e o poder Executivo teria seus poderes ampliados. Dessa maneira, Vargas se manteve no poder.
Em 1945, algumas autoridades militares revelaram que o Plano Cohen foi uma grande farsa planejada para garantir a permanência de Getúlio Vargas como presidente do Brasil.
Escrito pelo general Olímpio Mourão Filho, integrantes do Estado-Maior brasileiro tiveram acesso ao documento e o divulgaram.
Os membros da Ação Integralista Brasileira (AIB) também foram perguntados sobre a veracidade do Plano. Plínio Salgado, a principal figura do AIB, confessou a falsidade do Plano Cohen.
Ao se justificar, afirmou que manteve a farsa para não desmoralizar os membros do Exército. Desse modo, a inexistência de uma ameaça comunista determinou uma das fases do Brasil República.
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