Poemas sobre o Meio Ambiente

Confira alguns poemas que retratam as beleza e problemas que o meio ambiente apresenta.

A terra é um lugar verdadeiramente notável, mas seu meio ambiente é algo que muitas vezes é menosprezado. A beleza natural dos mares e florestas é incomparável, e ainda assim continuamos a poluí-los e corrompê-los.

Dependemos de nosso ambiente para nossa própria existência. Enquanto continuamos a destruí-lo para ganhos materialistas acabamos nos prejudicando. Se a humanidade deseja prosperar, precisamos aprender a proteger e abraçar este planeta e não trabalhar contra ele.

Se não o fizermos, corremos o risco muito real de destruir nosso lar e condenar as futuras gerações. Não podemos deixar isso acontecer. Pensando um pouco mais sobre este assunto, reunimos 15 poemas sobre o Meio Ambiente que podem te inspirar.

Melhores Poemas sobre o Meio Ambiente

Origem comum – Maristela Elicker Dauve

Vejo a pedra do anel
Percebo a floresta refletida nela!
No lilás, as folhas verdes
No lilás, os galhos
No lilás, o espaço entre os ramos
Na pequenina pedra extraída do ventre da terra
Projeta-se sem delongas a natureza viva da superfície
Sempre de novo, o dentro-fora
A ametista como oráculo
Que a tudo contém
O vento se revela
No movimento das folhas
Espelhadas no brilho vivo
De tudo que um dia foi
E no futuro-luz que voltará a ser.

Fenômenos da Natureza – Jô Benevides

O bramido do mar que fazia chuá, chuá…

Trazendo alegria com toda força,

Hoje só vive a chorar, e com lágrimas a derramar…

Invadindo cidades para se desabafar,

Do grande mal que lhe fizeram, sem dele cuidar.

O bramido do mar, quer fazer chuá, chuá…

Sem querer, está levando ao homem o seu terror,

Devolvendo o que ele causou.

O gelo antártico, não quer mais se segurar,

Está cansado de só gelar,

Se esforça pra não desabar,

Para o bramido do mar não aumentar,

Chorando suas lágrimas a derramar…

Chuá, chuá…

O vulcão não é teimoso.

Teimoso é o homem, que pensando ser sabido,

Extraí da terra sem ser inibido,

Algo que o tempo não poderá concertar,

Buscando tecnologia, não raciocina no que pode pesquisar.

Rochas extraídas, lacunas deixadas, espaço que não poderá ser preenchido.

Erupção fatal! Não tem jeito, vai abalar!

O vulcão vai vomitar…

Colocando pra fora o seu protesto da degradação causada pelo ser humano.

Que pena! O homem não quer enxergar que pra mexer na natureza,

Tem que ter sabedoria, pra não causar desarmonia!

Tem que ter a certeza, por que se não souber tratá-la,

A COBRANÇA CHEGARÁ!

Mexer na natureza, não é algo tão singelo,

É preciso ter certeza, gentileza para com ela tratar.

Quem poderá transformar sustentável, o inevitável?

Irreversível é a dor, de ver o que foi feito com tanto amor, sendo destruído…

E só depois vem o temor…

Egoístas! Só pensaram nas suas riquezas,

Sem querer imaginar na grande pobreza que vai ficar como herança,

De uma natureza que logo será extinção…

Terrores e bramidos, jamais serão esquecidos!

A natureza se revolta em protesto, pelo que roubaram dela.

Nós somos carbono, somos pó, aonde vamos parar,

Se a natureza continuar a chorar?

De onde vem a sabedoria que o homem pensa não ter fim?

Estragam o que Deus nos deu, e como crianças mimadas, vai buscar outro planeta como alternativa de um temor que estar por vir.

Se Deus nos deu o planeta terra, é nele que devemos ficar!

Então, pra que futucar o que não se conhece?

Toda vez que o homem pensa que sabe mais,

Nas tentativas e buscas,

Acaba nos trazendo de forma irracional, um problema maior e sem controle.

A natureza vai continuar a chorar…

O bramido do mar vai aumentar…

O vulcão vai continuar a vomitar…

As nascentes, vão desaparecer…

E o homem de medo, vai se tremer!

Por algo que ele mesmo não deixa viver.

O desmatamento, vai trazer mais sofrimento,

Com o aumento de gás carbono, sem cabimento…

Efeito estufa! Aquecimento de um globo prestes a ser desativado,

Pelos seus próprios habitantes.

SOCORRO!!!

Eu quero viver e deixar a herança para a minha geração!

Um planeta que não desiste de chamar à sua atenção.

Através dos sintomas das doenças, que estão deixando nele.

O planeta está em depressão e quer apenas união de todos,

Antes que não tenha mais jeito.

Verde por dentro – Maristela Elicker Dauve

Quero ser verde por inteiro

Cuidar da alma

Mínimos amparos internos de amor próprio

Não brincar com venenos

Fechar os olhos

Mas escolher com cuidado

Ouvir o coração

Ouvir a cigarra, o sabiá e o companheiro

Saber cuidar, também de mim

Taça transbordante de compaixão

Que transforma a partir do único local possível,

A partir de dentro

Único caminho para com alma verde

Tocar com dedos de carinho

Um mundo com mais amor.

O verde como estado de espírito

O verde como medida

Usá-lo de maneira desmedida

Para continuar com vida.

Fazer de conta que isso é poesia,

E saber que é necessidade.

Lírico cântico passarinho – Lizaldo Vieira

Canta passarinho
Solta teu poético
canto Amigo
Em todos os momentos
Em em todo lugar
Que esse momento é todo seu
De mostrar o lírico hino
Poesia natural
Que desde menino
Deus lhe deu.

Se cantas livre
No ar
No contato com a natureza
Seu canto reflete felicidade
E beleza
Se estás preso
No viveiro ou gaiola
Seu canto lamenta
Porque chora
Por tamanha injustiça
E tristeza.

Cante
Pássaro triste
Sou platéia do teu show
Mesmo aprisionado
Teu som é espetáculo
Que ninguém faz igual.

Quando estiver solto
Livre na mata
Fique siri na lata
Observe bem as ciladas
Porque o inimigo
Está solto
Louco para lhe fisgar
E judiar
Por outras plagas
Em outro mundo
Que não é o teu.

Velho Chico – Lizaldo Vieira

Meu velho Chico
Chico bonito
Chico aflito
Chico sofrido
Chico erosão
Mesmo poluído
Ê mundão d’água bom.

Quem dera um dia.
Chico vida
Chico alegria
Com tanta água
Diluída em nada
Matasse a sede desse sertão.

Ê vidão
Pudesse num grito
Desses aflitos
Mudar esse rito de desilusão.

Preferia São Francisco
Aos corruptos
E políticos
No comando da nação
Ê…mundão d’água bom.

Nave Gaia – Lizaldo Vieira dos Santos

Mãe terra
Rainha Gaia
Aqui estão seus súditos
Tripulantes
Pedindo indulto
Perdão
Clemência
Pelos que falseiam a vida
Desprezando
Contaminando
Com esgotos
Chorume
Lixões
O sagrado solo
Por todos os lados
Banalizam a morte
Nas nascentes
Nos rios
As águas dos mares
Fedem aos borbotões
São veias entupidas
Por dejetos
E entulhos Inservíveis
Debilitando
Teus silos
Teus olhos
Tua mata ciliar
Estão definhando
As poucas matas e florestas
Torram
Viram pó
Curupiras
Curumins
Caiporas
Deram no pé
Á procura de outro paraíso
Nave Gaia
Não saia da raia
Reaja ao jogo do bandido
Não se dê por vencida
Não entregue seu legado
Portador de vidas.

Natureza morta – Reginaldo Pinto

Senhor perdoa a nossa grande inteligência
De saber extrair lá do fundo do seio da terra
O seu sangue negro e transformá-lo
Em gasolina para nossos carros
Em diesel, para nossas fábricas
Em gás para preparar os nossos alimentos
Em querosene para os aviões
Em plásticos para impermeabilizar o nosso dia a dia.

Senhor perdoa nossa grande inteligência
De achar bonita uma árvore sem folhas e sem frutos
Vítima das chuvas ácidas, encharcadas de óxidos de enxofre.
Que destroem nossas fontes de alimentação
E somos obrigados a consumir alimentos
Inventados pelo homem
Que dentro de sua modernidade destrutivas
Chamam de Organismos Geneticamente Modificados Ou transgênicos.
É o futuro chegando…

Senhor perdoa a nossa grande inteligência
De tentar explicar às crianças
Por que os peixes morrem afogados
Em óleo e espumas contaminadas,
E tentamos lavar a água dos rios
Com cal, flúor e alumínio.
Para matar nossa sede.
E o mar de tão poluído está cinza
Sua vida marinha morrendo, com tantos venenos.
Os riachos, outrora cristalinos,
Onde pescava-mos quando criança
Não existem mais, hoje é um valão fedido de esgoto.
Uma verdadeira cloaca.

Senhor perdoa a nossa grande inteligência
De achar que o ar da cidade cheio de anidrido sulfuroso
Ácido de nitrogênio, monóxido de carbono, gás carbônico
Hidrocarbonetos, radioatividade…
É saudável para nossos filhos, que estão vivendo
Em desertos de concretos, cercados por uma montanha de aço
Tornando-se a crianças acinzentadas
Onde só conhecem o verde pelos filmes da TV.

Senhor perdoa a nossa grande inteligência
De querer modificar o que foi construído por você
E tentar imitar a natureza clonando homens.
Em vidros transparentes, uns, iguais aos outros
Impedindo assim a seleção natural da vida.
Construindo homens.
Estes, desprovidos de talentos e emoções
Os quais muito em breve estarão sendo vendidos
Em lojas hospitalares do primeiro mundo a preços módicos
E financiados em seis vezes, com garantia de um ano contra acesso de raiva.

Perdoa senhor, a nossa grande inteligência,
De produzir chorume, algas, clorofluorcarboneto, efeito estufa, desmatamento,
Queimadas, partículas sólidas, poluentes minerais, fuligem, transgênicos, clone,
Crianças inexatas, aquecimento global…
E o grande mal que amedronta a humanidade.
A decomposição dos átomos, enriquecidos e contaminados com urânio,
Que junto com plutônio transforma-se na bomba atômica, aliado ao aquecimento global.
Poderão acabar com o Planeta Terra.

Perdoa Senhor, minha pequena sabedoria
De saber que sou semelhante a vós,
E que neste exato momento,
Em meio à grande individualização global,
Onde a vida não tem valor
Onde o ar está poluído, a água podre
O solo envenenado, e o homem alienado.
De que adianta ter sabedoria, inteligência,
Modernidade.
Ser humano…
Eu queria deixar de ser Vossa Imagem, Senhor
“E ser civilizado como os animais”.

Era uma vez… Espaço – Ivone Boechat

Era uma vez um menino muito grande e bonito chamado Espaço.

O tempo foi passando, mas Espaço não cresceu; diminuiu.

Começou a conviver, sem querer, com sua amiga Sobrevivência e, de repente, as pessoas se amontoaram e quase o sufocaram.

De uma coisa vocês não sabiam, Espaço está chocado, porque o inimigo Poluição invadiu o território, tomou conta dos seus ares e foi um fracasso.

Espaço está contaminado.

Noutro dia mesmo, Espaço já ia brigando com seu melhor amigo, Segurança.

Em todos os lugares em que ele se mexia, surgia Medo, parceiro de Insegurança, para o perturbar. Espaço teve que se armar.

Mas será que resolveu o problema? Ele está apavorado com tantos inimigos…

Paz, irmã de espaço, que agora mora longe, telefonou para a prima Natureza e pediu ajuda.

Afinal de contas, os passarinhos, as árvores, o perfume das flores, o seresteiro, o tocador de realejo, o poeta, as crianças, estão reclamando de espaço, todo dia, com razão.

Eles querem se instalar, definitivamente.

Estão sendo jogados de um lado para o outro.

Espaço desculpou-se com Natureza e disse que o culpado não é só ele.

As pessoas vivem correndo atrás de Sobrevivência e se esquecem de que existe oportunidade em outros lugares.

Agora, a solução está entregue a Dr.ª Gente, capaz de estudar com calma os prós e contras da reclamação de Espaço.

O corre-corre, os enfartes, o empurra-empurra dentro do caldeirão cultural, a neurose de tempo, as angústias de ter, serão solucionados, porque estas são a sua especialidade.

Se isto não acontecer, muito em breve, Espaço vai ficar vazio, as pessoas se desintegrarão nos braços da inimiga Morte.

Seria muito triste.

Espaço gostaria de crescer, abrigar a todos que o procurassem, para que sua irmã Paz não fosse morar tão longe.

O grito da Natureza – Jô Benevides

Ouço o grito do mar, dizendo que as ondas vão avançar.

Quase não ouço o vento fraco e cansado, falando que a mata do sertão vai se queimar.

Ouço os sussurros do vento, trazendo cheiro de água fora do tempo.

Vejo o dia acordando mais cedo, e sol com seus reflexos ardentes, deixando as marcas na pele da gente.

Onde é que vamos parar?

A natureza estar a chorar, gritando bem alto, pra toda a gente acordar.

O velho Chico, quem diria?

Vamos homem! Não deixe a água secar!

Pois é dali que vem a alegria, que faz o homem se alimentar.

Gritem com forças!

Reajam! Não deixe o rio se acabar! Pois a natureza com certeza, irá em um dia cobrar.

O verde do mundo está sumindo!

O azul das águas está secando!

Dias terríveis virão, pois a natureza está virando extinção, tudo por causa do homem ladrão, que rouba o que Deus nos deixou, transformando o futuro dos nossos descendentes em horror.

Quero o branco alvo das ondas, como o véu da noiva roçando nas areias do mar, o verde cristalino do mar, como esmeralda a brilhar, o azul intenso das águas, imitando o azul o céu.

Quero imaginar que as nascentes humildes, vão continuar crescendo e majestosamente derramando véus de cachoeiras e grandes rios a jorrar.

A natureza existe pra nos dar paz do nosso verdadeiro habitar.

Somos da natureza e sem ela, não somos, morremos!

Seremos extinção, e tudo se tornará em vão.

Somos herdeiros e mordomos.

Então vamos gritar:

A natureza precisa continuar, vamos cuidar, amar, preservar, e a vida assim, continuar a brotar.

Água – Jô Benevides

Água,
Ouro de nossas vidas,
Está sumindo da terra,
Vai deixar muitas feridas.
Se vier faltar,
A vida não pode continuar.
Pois a água move a vida,
E a vida sem ela não dá.
A água que cai do céu,
Que no chão desce a jorrar,
Abundância para todos,
Que não sabe valorizar.
Homem burro, na ganância,
Pensa que vai enricar,
Mas não sabe que a maior pobreza,
Está dentro dele, por não saber pensar,
Que a água um dia pode nos faltar.
Mas, vamos imaginar:
Que da água vamos cuidar.
Que aprenderemos a racionar,
Que da nascente vamos cuidar,
Como uma criança a ninar,
E quando vierem a crescer,
Terão mais forças para irrigar.
E a água do nosso planeta?
Vamos aprender a cuidar.

O que a Natureza nos diz – Ana Paula da Silva Pestana

Quando desviamos suas águas

Que sente a Natureza colorida

Para produzirmos muito mais

Sem dó a deixamos empobrecida.

Grande equívoco do homem

Achar que tudo é infinito

Sem saber, dela vai tirando…

Sem ouvir o seu gemido.

Consumimos sem medidas

Aquilo que nos oferecem

Sem olharmos sua origem

A ganância nos envaidece.

A natureza aos poucos diz

Que aquilo que se produz

Se a nós nos falta prudência

Ao cessar iminente nos conduz.

A tecnologia nos dá asas

Voamos até outro mundo

Aquele que nos separou

Daquele apego mais profundo.

Deus assim, nos deu tudo!

E a nós nos coube esbanjar

Tudo aquilo de mais precioso

Dos bosques às águas do mar.

Quando Adão perdeu o paraíso

Não tinha ideia do seu valor

Perdeu toda a harmonia perfeita

Depois disso, sofrimento e dor.

Será como uma profecia?

Como devemos nos conter?

Diante de tanta teimosia

O homem insiste em sofrer.

Por que não viver por ela?

Por tudo que ela nos dá

Viver trocando cuidados

E a ela nos dedicar…?

Dessa disputa com o meio

Que a muitos só faz sofrer

As conseqüências da diferença

Entre a riqueza e o empobrecer.

Entre povos explorados

Por muitos sem coração

Não lhes importa se geram

Guerras, escassez e aflição.

A Carta da Terra nos ensina

Sobre responsabilidade universal

Valores básicos de solidariedade

Unindo a comunidade mundial.

A ética é o caminho da comunhão

O desenvolvimento, um tanto fugaz

Devemos fazer nossa escolha

Promovendo a tolerância e a paz.

Entender a biodiversidade

Beleza difícil de explicar

Tantas espécies no mundo

Passíveis de se esgotar.

A venda de nossas espécies

Gera lucro e tentação

Os governantes põem vendas

Assim, não lhes cabe acusação.

Precisamos dizer não!

Agora, a todos os atos banais

Que possamos em uma só voz

Dar “basta” a crimes ambientais

A cada pensamento egoísta

Nos unimos ao inevitável

Desperdiçando a possibilidade

Do desenvolvimento sustentável.

Tratados, leis não nos faltam

Ainda temos esperanças

De pôr finalmente em prática

Através de nossas crianças.

De tudo que elas aprendem

Uma lição é fundamental

Todos juntos pela mesma causa

Ensina a Educação Ambiental.

E esse aquecimento global

Nos dizem a cada momento

Que o planeta devo socorrer,

Mas qual será o procedimento?

Daí a importância da escola

Que nos dirá como fazer

Nosso papel na sociedade

E o nosso meio proteger…

Poema para o Rio Curu – Maria de Jesus Lopes de Oliveira

Chuva molhando a terra

Fazendo barulho

Indiferente ao sono das gentes

Correndo entre as pedras

Umedecendo a terra

Enchendo os seus olhos

Que são grandes lagos

Querendo chorar

Chuva

Chegando no rio sedento de água e de amor

Onde os peixes namoram

Os cavalos bebem

E nós navegamos nosso olhar com sede

Navegamos nessa água que é marrom

Onde os peixes não se enxergam mais para amar

E morrem

As crianças olham de latas vazias

A correnteza marrom

A água tem cheiro tem cor, tem capim, tem plástico, papel, restolhos

Em casa o feijão fica desidratado

O barulho fica mais forte no mato

É o rio chorando

Pedindo água pura para se lavar

A face da natureza – Aldina Ferraz Santos

Teu rosto, amada

Sorri Sempre Que Acordo

Adormece Sempre Que Durmo

E Assim Vestida De Mil Cores

Danças E Encantas

A Minh  ‘Alma

O Tempo Todo…

Em todo o caminho por onde ando

Te lábios me beijam através do vento

Teus olhos  me falam através das estrelas

Tua voz me encanta através dos pássaros…

Te amo tanto

Que este poema resolvi escrever

Para homenagear a tua Beleza

Para ajudar a te proteger

De quem esqueceu quem sem ti

Não pode mais viver…

Verde verde – Maurício Victor de Uzeda

Aí vem o sol

Brincando com o vento

Assanhados, traquinas

Dançando, correndo, cantando

Fazendo bagunça

Fazendo arruaça

Levantando o pó da terra

Descolorindo o verde

Destituindo a pompa

Instituindo a festa

Festa de luz

Quando vem a chuva

O veludo cobre os montes

Estampados os arbustos

As folhas trajando gala

Verdes tecidos

O natural tecer das estações

O natural tear do tempo

Cozem e bordam

Vergeteando,

Verdetecendo,

Verdevestindo

Vede o verde

Respirar

A fluir feito seiva

Feito em flor

O natural reviver das estações

O natural recriar do tempo

Cobrem de vida

Trazendo frutos

Vergeteando

Verdeflorindo

Verdevivendo

Vede o verde

Verde o verde

Sombras deslocadas – Ivan Messiano

Late vira-lata
abro janela o peito vento tenta
inspiro nascer uma borboleta
remexe aipim acomodando
terra úmida vida
caminho curva delgada
sombras deslocadas
percebo área enluarada persistindo
portão escancarado vulto rindo

carro-de-boi arrasta resto de noite

de atalaia um relance o passado
estado de espírito ressurge nada de mim mesmo
confuso raso caminho
perco sentido nas bandeirinhas festa da bananeira
trago seu verdáceo fundo tatuado
vira-lata late sem saber
sonho um lobo uivar a solidão da estepe

contemplo eu mesmo lá fora
lá fora sombra plena aflora
em meio a pissitares arfo

um porco resmunga…

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1 comentário
  1. Justo Penteado Chacon Diz

    Forneça-me endereço(e-mail) “aberto”(que aceite anexo), para que eu lhe envie várias poesias sobre a Natureza/
    meio ambiente, etc., premiadas no Brasil, versadas em outros idiomas(outros países) e que fazem parte de livros
    didáticos reconhecidos pelo MEC.
    Grato,
    Justo Penteado Chacon(Sorocaba/SP)

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