Por que o Japão tem tantas casas abandonadas? Motivos surpreendem

País asiático é um dos mais ricos do mundo, mas enfrenta esse problema que vem aumentando gradativamente nos últimos anos.

O Japão registra cerca de 9 milhões de casas abandonadas pelos proprietários, segundo dados divulgados pelo consórcio japonês Akiya. Esses números representam cerca de 14% do total de imóveis no país asiático.

Se ao menos três pessoas morassem nesses imóveis, já seria o equivalente a toda a população da Austrália, hoje com 26 milhões de habitantes, e ainda sobrariam casas para ocupar.

O evento tem diversas explicações que vão desde a queda populacional até questões de localização dos imóveis, e as soluções passam por várias ações governamentais.

Por que o Japão tem milhões de casas abandonadas?

Casas abandonadas

Casas abandonadas viram desafio para o governo japonês – Imagem: Pixabay/Reprodução

A falta de um atrativo para determinada área ajuda no aumento de casas abandonadas no Japão. Em muitas situações, os moradores temem pela segurança e até pelo crescimento da vegetação.

Quando a propriedade está em áreas mais rurais, há ainda um temor com o surgimento de pragas. Isso faz com que as pessoas desistam de morar no lugar e abandonem a residência.

Outro problema é que a população japonesa está diminuindo e envelhecendo. Atualmente, há 128 milhões de moradores, mas pode chegar a 53 milhões no final deste século, segundo estimativas do governo.

Moradores mais jovens optam por casas mais novas em regiões valorizadas. Por isso, não habitam imóveis antigos situados em áreas sem atrativos, já que nem sempre compensa revitalizar o espaço e reformar a casa.

Consequentemente, o valor dos imóveis no país também caiu, pois a oferta é maior que a demanda. Isso gera o efeito inverso do que, geralmente, ocorre no setor imobiliário global.

Como resolver o problema das moradias?

No momento, o governo japonês vem tomando algumas medidas para minimizar o abandono de casas.

Entre elas, a venda de algumas unidades nessas regiões por preços baixos, até simbólicos. Em contrapartida, o novo comprador precisa cuidar do bem e restaurar o espaço.

Isso já acontece em outros países, como a Itália, e atrai até estrangeiros para morarem no Japão, de olho na possibilidade de uma casa boa e barata. É uma chance de urbanizar e revitalizar determinadas regiões japonesas.

O maior desafio para isso, muitas vezes, é encontrar o verdadeiro proprietário do imóvel. As casas são deixadas para trás e nem os descendentes se interessam mais por elas.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.