Professor de biologia é demitido após aula sobre cromossomos XX e XY; entenda o caso

O norte-americano foi acusado de fazer "pregação religiosa" e por suposta “discriminação contra pessoas trans e homossexuais” em uma de suas aulas.

Um professor de biologia foi demitido após alunos discordarem de suas aulas de biologia sobre os cromossomos XX e XY.  O professor Johnson Varkey foi acusado de ter falas discriminatórias contra pessoas transgênero e homossexuais.

Ele foi demitido em janeiro de 2023, mas o caso ocorreu em novembro de 2022 nos Estados Unidos, na cidade de San Antonio, no Texas.

Varkey ministrava aulas na St. Philip’s College e, agora, está lutando para voltar ao trabalho. Por causa da repercussão do caso, ele está sendo representado legalmente pelo First Liberty Institute, um grupo de advogados que defende a liberdade religiosa dos estadunidenses.

De acordo com os representantes legais do professor, Varkey foi demitido por ensinar biologia da forma como fez nos últimos 20 anos de trabalho.

Para eles, o professor não agiu de forma preconceituosa e deve ser recontratado para continuar sua carreira docente.

Por que o professor de biologia foi demitido?

Apesar de não ter sido demitido por justa causa, as alegações são de que o professor usou de suas aulas para realizar pregação religiosa e proferir diversos comentários preconceituosos sobre pessoas transgênero-e-s e homossexuais. Além disso, ele é acusado de ter “retórica antiabortista” e “brincadeiras misóginas” em sala de aula.

O comunicado dos advogados de defesa diz que as declarações do professor “não são apenas apoiadas pela sua extensa educação e experiência, mas também refletem suas crenças religiosas sinceras”.

Logo, as afirmações da defesa vão na linha de que ele estava apenas ensinando sobre o sistema reprodutivo e que os cromossomos XX e XY determinam as características masculinas e femininas, o que está cientificamente correto.

Além disso, Varkey afirmou, também corretamente, que para a continuidade da espécie humana é necessário que haja a reprodução entre homens e mulheres.

Contudo, as reclamações dos estudantes também apontam que a aula do professor “ultrapassou os limites da liberdade acadêmica com suas opiniões pessoais, que eram ofensivas para muitas pessoas na sala de aula”.

Por causa desses supostos ataques, no dia 28 de novembro de 2022, quatro alunos decidiram abandonar as aulas de Varkey e denunciar as supostas repetidas falas discriminatórias do professor de biologia.

Após a apuração dos fatos, a St. Philip’s College concluiu que o professor, apesar de seu extenso currículo científico, estava “sendo religioso” na sala de aula.

Outra declaração, feita pela principal advogada de defesa, Kayla Toney, diz que é necessário apoiar e defender o professor das discriminações no local de trabalho.

Segundo ela,  Johnson Varkey tem sua fé particular, que não interfere em nada na sua prática docente, e, com as acusações, a  instituição violou direitos constitucionais ao demiti-lo.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.