Professor desenvolve projeto de libras com alunos na Bahia e vira sucesso
O plano foi posto em prática no interior da Bahia e já alcançou mais de 200 famílias regionais. Saiba mais sobre a iniciativa.
Um plano de desenvolvimento aplicado pelo professor Danilo Dias dos Santos sobre libras foi posto em prática no interior da Bahia, e já alcançou mais de 200 famílias regionais.
“Se eu não for atrás de melhorias para minha filha, acredito que ninguém irá”, afirmou Kelliane Silva Sá, mãe de Isabella Barbosa, de 5 anos. A pequena estudante, sem saber, foi a inspiração que Danilo precisava para desenvolver o projeto “Libras na Escola Inclusiva”.
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O objetivo deste projeto é aumentar a facilidade de comunicação dos indivíduos surdos, o que durante a pandemia sofreu duros impactos devido ao isolamento social. De acordo com Danilo, ele teve a oportunidade de ter contato com uma garotinha surda, e a mãe se encontrava perdida quanto à língua dos sinais. Sendo assim, ele se sentiu impelido de desenvolver um projeto.
Além disso, o ensino básico da linguagem, efetuado de maneira virtual, visava a aproximação com a identidade surda. Conforme o relato fornecido pelos participantes, o primeiro contato adveio de Kalliane, depois de se deparar com uma palestra feita pelo pedagogo em sua rede social. “Estou no terceiro semestre de letras/libras, mas ainda entendo pouco. Por minha filha ser surda, busquei uma forma de ter mais conhecimento, inclusive para passar à minha família”, comentou.
Desenvolvimento do projeto
O processo de ensino durou aproximadamente um mês, envolvendo roteiros de atividades, vídeos, livros infantis de fácil acesso, orientações à família e videochamadas. Para a mãe de Isabella, o caminho percorrido por elas neste período foi maravilhoso.
Após contemplar a evolução da pequena Isabela, Danilo então decidiu levar o projeto adiante, para o Centro de Educação Infantil Imaculada Conceição. Dessa maneira, ele pôde dar início a uma turma de pré-alfabetização II, com cerca de 10 alunos não surdos. “Levei para a sala de aula, reformulando para que (o conteúdo) ficasse alinhado às bases curriculares”.
Mas, para que a ideia pudesse ir ainda mais longe, o jovem professor foi em direção à unidade educacional, onde teve reuniões com os gestores. Ele apresentou seu projeto e teve uma reação positiva. Sendo assim, Danilo realizou uma iniciação com funcionários e a equipe escolar, para auxiliar que crianças eram surdas. “Colocamos placas com sinais nos banheiros e corredores. Fomos para a prática. A ideia era compreender sinais de comunicação básica, como incômodos e dores”, detalhou.
Após estas atitudes, partiu para o setor de reunião com os pais e responsáveis. O processo foi composto por 10 encontros virtuais com a pequena turma teste, as videochamadas duravam aproximadamente 20 minutos, e, além disso, contou com 10 visitas domiciliares. Após este trajeto percorrido, finalmente Danilo conseguiu pôr em prática seu projeto nas quatro salas de pré-alfabetização I e II da instituição.
“As crianças ficaram encantadas. O grande resultado foi a mobilização de toda a escola, no sentido de dar formação aos professores, replicar nas demais salas, contagiado a rede. Só de pensar que em uma escola pública de educação infantil, pequena, carente, nós tivemos resultados exitosos é muito revigorante. Conseguimos ver também uma maior participação das famílias, de depoimentos de mães que sentiram esperanças diante da pandemia”, concluiu.
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