Professor recebe Pix por engano, devolve dinheiro, mas fica no prejuízo
Episódio vivido por Luiz Cezar Lustosa Garbini tem revoltado internautas.
Desde que o Pix foi lançado, em 2020, surgiram muitos casos de transferências feitas por engano. Muitos deles realmente são realizados sem intenção, devido a erros do remetente.
Contudo, o caso ocorrido com o professor Luiz Cezar Lustosa Garbini aparenta ser algo mais suspeito.
Após receber uma quantia por engano, o docente enviou o valor de volta à conta original, mas Luiz Cezar acabou ficando no prejuízo.
Por que o professor perdeu dinheiro ao tentar ser honesto?
Em mais um desses de envio incorreto de Pix, o professor Luiz Cezar viu chegar à sua conta bancária a quantia de R$ 700 de um desconhecido.
O remetente entrou em contato com o docente, já que a chave pix deste era o número de celular, e explicou o ocorrido. Prontamente, o educador devolveu o dinheiro ao indivíduo que errou os dados da transferência.
Porém, após esse retorno, o banco de Luiz Cezar emitiu um estorno automático no valor recebido por engano. Ou seja, os R$ 700 que já estavam na conta do professor também foram retirados, totalizando R$ 1.400 devolvidos — dobro do valor correto.
“O valor original que eu tinha era R$ 1 mil, quando eu recebi os R$ 700, fiquei com R$ 1.700. Depois de enviar o Pix, voltei para R$ 1 mil. Em 15 minutos, eu tinha apenas R$ 300 na conta”, disse Luiz Cezar, que mora em Fazenda Rio Grande, no Paraná.
Pix pode ser feito por engano para outra pessoa, por isso é importante ficar atento antes de enviar – Imagem: reprodução
Para muitos de nós essa situação parece fácil de resolver. Afinal, bastava que a pessoa que fez o primeiro Pix errado devolvesse o valor estornado indevidamente e ficaria tudo certo.
O problema é que, ao entrar em contato com a outra pessoa, para solicitar a devolução dos R$ 700 restituídos a mais, o professor Luiz Cezar recebeu uma recusa.
É isso mesmo: a pessoa do outro lado, que não teve seu nome citado, se recusou a devolver o dinheiro do homem que fez o mesmo por ela.
Com total razão, o educador se mostrou aborrecido com a atitude no mínimo insensível do remetente inicial.
“Me senti desacreditado que o cara teve essa atitude logo após eu ter sido honesto com ele”, comentou.
Depois do ocorrido, Luiz Cezar entrou com uma solicitação de averiguação do caso junto ao Mercado Pago, instituição financeira da qual é cliente. O prazo para devolutiva é de 10 dias.
Caso não consiga resolver com o Mercado Pago, o professor se mostrou disposto a procurar a polícia e até mesmo a justiça, a fim de reaver o valor.
Ficar com dinheiro recebido por engano via Pix configura apropriação indébita, um crime com pena prevista de até quatro anos de prisão.
Além disso, a outra pessoa também pode responder por estelionato, cujo tempo de reclusão máximo é de cinco anos em regime fechado.
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