Proibido! Anvisa não indica suplementação de melatonina para crianças e adolescentes; entenda
A agência anunciou a proibição da suplementação infantil de melatonina. Consequentemente, a fabricação, distribuição e comercialização devem ser suspensas imediatamente.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a melatonina não é permitida para ser utilizada em suplementos destinados a crianças e adolescentes, pois o consumo dessa substância não oferece segurança para essas faixas etárias. Por isso, a Anvisa determinou a retirada de todos os produtos desse tipo do mercado.
As regras atuais da Anvisa estabelecem que a melatonina pode ser ingerida somente por adultos com 19 anos ou mais, em uma concentração diária de 0,21 miligrama, sem qualquer alegação de uso específico.
É importante notar que tal hormônio também não é autorizado para gestantes e mulheres em fase de amamentação.
Nas plataformas online, os perfis que promovem o suplemento via redes sociais afirmam que o produto é eficaz no tratamento de questões referentes ao sono, ansiedade, compulsão alimentar, irritabilidade noturna e irritação.
Além de todas essas indicações, a propaganda anuncia benefícios terapêuticos em relação ao transtorno do espectro autista e o câncer.
O órgão, no entanto, esclarece que nenhuma dessas disposições possui aprovação pela entidade, o que caracteriza a propaganda como irregular.
(Imagem: divulgação)
Oemed foi proibida, mas alega que não comercializa o produto
A Anvisa tomou a decisão de proibir a fabricação, venda, distribuição, propaganda e uso do suplemento alimentar Soninho Perfeito Melatonina Kids, produzido pela empresa Oemed.
Em resposta a essa medida, a empresa alegou ao UOL que não é responsável pela fabricação dessa substância e suspeita que ele possa ser falsificado.
O diretor da Oemed, Felipe Cavalcanti, afirmou que a proibição imposta pela Anvisa foi uma surpresa, visto que o produto não é vendido pela fabricante.
Ele reiterou tais declarações por meio de uma nota enviada ao UOL, ao mesmo tempo em que aborda a intenção de tomar as medidas legais cabíveis diante da situação.
Cavalcanti destacou ainda que a Oemed já desenvolveu um suplemento de natureza semelhante, porém, sem a inclusão de melatonina em sua composição. Ressaltou, também, que a empresa já foi alvo de casos de falsificação no passado.
Comentários estão fechados.