R$ 8,7 bilhões deixados em bancos: ainda dá para resgatar ‘dinheiro esquecido’?
Cerca de R$ 8,7 bilhões esquecidos em instituições financeiras aguardam resgate. Aprenda a verificar e retirar esses valores.
O Banco Central voltou a divulgar que R$ 8,7 bilhões em recursos estão atualmente parados em diversas instituições financeiras. Esse montante desse “dinheiro esquecido” pertence tanto a pessoas físicas, sejam elas falecidas ou ainda vivas, quanto jurídicas.
Este número foi atualizado até novembro de 2024, destacando uma oportunidade significativa para muitos de garantir valores que nem se lembravam de existir.
O Sistema de Valores a Receber (SVR) é um sistema do BC criado para auxiliar na consulta desses recursos. Ele abrange saldos deixados em bancos, consórcios e outras entidades financeiras.
A importância desse sistema é notável, já que 44,5 milhões de pessoas físicas e 3,9 milhões de pessoas jurídicas são potenciais beneficiárias.
Evolução dos valores esquecidos
Ao longo de 2024, os valores esquecidos tiveram variações conforme novas fontes foram sendo incluídas pelo BC. O mês de abril registrou R$ 8,2 bilhões em créditos, enquanto novembro alcançou R$ 8,7 bilhões.
Além disso, muitas pessoas já realizaram o saque de forma simples por meio do sistema. A seguir, apresentamos a oscilação desses valores.
- Abril: R$ 8,2 bilhões;
- Maio: R$ 8,4 bilhões;
- Junho: R$ 8,5 bilhões;
- Julho: R$ 8,56 bilhões;
- Agosto: R$ 8,6 bilhões;
- Setembro: R$ 8,54 bilhões;
- Outubro: R$ 8,72 bilhões;
- Novembro: R$ 8,7 bilhões.
Prazo para resgate e novas regras
As operações de saque desses valores tiveram o prazo encerrado em 16 de outubro, contudo, há expectativa para a publicação de um novo edital que especificará as regras para novas oportunidades de retirada.
Assim que o edital for publicado, pessoas e empresas terão 30 dias para reivindicar o dinheiro esquecido. Após esse período, haverá mais seis meses para que os valores sejam requeridos judicialmente.
Uma nova legislação, sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva em setembro, determina que valores não resgatados poderão ser incorporados ao Tesouro Nacional. Caso não sejam reclamados nos próximos 25 anos, essas quantias serão definitivamente incorporadas ao patrimônio da União.
Isso faz parte do esforço governamental para compensar a desoneração da folha de pagamentos, que impacta o orçamento de 2024.
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