Teoria malthusiana

A teoria malthusiana é uma teoria demográfica criada na Europa durante o século XVIII.

A teoria malthusiana, também chamada de malthusianismo, teoria demográfica criada no século XVIII por Thomas Robert Malthus, defende que a população cresce em ritmo mais acelerado do que a produção de alimentos.

Criada em plena Revolução Industrial, a teoria de Malthus foi utilizada por governantes, os auxiliando a pensar sobre as consequências do crescimento desordenado da população.

Thomas Robert Malthus foi o autor do Ensaio sobre o Princípio da População, uma das mais importantes obras sobre crescimento demográfico.

Quem foi Malthus?

Thomas Robert Malthus nasceu em 1766 na Inglaterra. Filho de um rico proprietário de terras, estudou na Jesus College (Cambridge).

Foi economista, ensaísta, demógrafo, sacerdote anglicano, cientista e estatístico. Em 1798, ele publicou a primeira edição da obra Um Ensaio Sobre o Princípio da População.

O que diz a teoria de Malthus?

Malthus era um pastor da Igreja Anglicana preocupado com as consequências que o aumento populacional poderia causar à sociedade.

Entre 1750 e 1850, a quantidade de habitantes na Inglaterra dobrou. Assim, ele explicou que enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética (2,4,6,8,10,12…), o número da população eleva-se em progressão geométrica (2,4,8,16,32,64…).

Para ele, a produção de alimentos sempre estaria deficiente de acordo com o crescimento populacional.

Dessa maneira, a quantidade de pessoas existentes não conseguiria se alimentar devido à baixa produção de alimentos, o que aumentaria a pobreza.

Ao examinar dados das colônias britânicas e dos Estados Unidos, Malthus concluiu que a população dobraria a cada 25 anos. Assim, humanidade estaria condenada, pois o fornecimento de alimentos não cresceria na mesma intensidade.

De acordo com Malthus, a prosperidade entre os povos era algo inviável, pois aumentaria ainda mais a população, provocando um desequilíbrio entre o número de pessoas e a quantidade de alimentos disponíveis, por isso, para ele, a desigualdade social era um dado.

Como forma de regular tal desequilíbrio, ele defendia que guerras e doenças eram meios eficazes para controlar o crescimento demográfico das camadas populares.

Assim, os pobres não deveriam receber ajuda, pois ela suavizaria seus problemas e contribuiria para o aumento da natalidade. Com isso, as camadas populares deveriam ter sua reprodução controlada por meio de casamentos tardios e abstinência sexual.

Origem

A partir do advento da Revolução Industrial, as pessoas saíram do campo e partiram rumo às cidades em busca de melhores condições de vida.

Além das ofertas de emprego, a população começou a ter acesso a serviços médicos. A existência de remédio e vacinas fez com que diminuísse a taxa de mortalidade infantil, provocando o aumento da expectativa de vida e crescimento populacional.

Mesmo convivendo com doenças e péssimas condições de higiene — sanados, em parte, pelo avanço da medicina —, o crescimento demográfico chamou a atenção de pesquisadores que começaram a criar teorias demográficas e a problematizar o crescimento populacional e suas consequências.

Crítica

Malthus não esperava um avanço científico na agro-pecuária, que permitiu que todos pudessem ser alimentados. Assim, a produção de alimentos chegou a superar o crescimento populacional.

Além disso, a entrada da mulher no mercado de trabalho provocou uma diminuição do número de membros das famílias, assim como os contraceptivos, que provocaram uma queda na taxa de fertilidade.

Mesmo que muitas das previsões apontadas por Malthus se mostrem errôneas, suas pesquisas embasaram diversos estudos demográficos.

Seu pensamento foi resgatado durante o século XX e aplicado na teoria neomalthusiana.

Teoria neomalthusiana

Desenvolvida no início do século XX, a teoria neomalthusiana afirmava que o crescimento acelerado populacional nos países desenvolvidos provocaria problemas socioeconômicos, falta de emprego e miséria.

Para eles, os países deveriam investir, para além da saúde e educação, no controle da natalidade a partir do uso de anticoncepcionais.

Os neomalthusianos acreditavam que se o crescimento demográfico não fosse freado, os recursos naturais do planeta acabariam.

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