The Line: a cidade linear na Arábia Saudita é viável? Veja o que os especialistas falam
Entenda o projeto ambicioso da Arábia Saudita e o que é dito pelos especialistas sobre a construção de uma cidade linear.
A audaciosa proposta de uma cidade linear na Arábia Saudita – The Line – promete redefinir o conceito de urbanismo com sua visão futurista. Contudo, além de suas inovações, o projeto tem sido alvo de várias controvérsias, que questionam tanto sua viabilidade quanto seus impactos sociais e ambientais.
Uma das principais críticas ao projeto é a sua proposta de uma cidade sem carros e totalmente alimentada por energia renovável, questionando-se a prática real dessas iniciativas frente aos desafios climáticos extremos da região. Especialistas levantam dúvidas sobre a eficácia do controle climático proposto e a sustentabilidade do transporte ultrarrápido, considerando as elevadas temperaturas do deserto que frequentemente ultrapassam os 40°C.
Além das questões ambientais, The Line tem enfrentado oposição por parte das comunidades locais. Os esforços de desapropriação têm levado a confrontos, destacando um conflito entre o avanço tecnológico e os direitos das populações locais. Este aspecto lança uma sombra sobre a promessa de um futuro utópico, revelando uma realidade de deslocamento e descontentamento social.
Imagem: Reprodução
Outro ponto de controvérsia é a viabilidade econômica do projeto. Com um orçamento estimado em bilhões e uma execução que se estende por anos, críticos questionam se The Line se tornará mais um ‘elefante branco’ – um projeto grandioso que falha em cumprir suas promessas e se torna um fardo financeiro.
A questão da privacidade e da vigilância também é motivo de preocupação. Em uma cidade onde a tecnologia permeia todos os aspectos da vida diária, o potencial para monitoramento e controle sobre os residentes levanta questões sérias sobre liberdade individual e autonomia.
Finalmente, a visão de uma cidade linear, com 170km de extensão, segundo críticos, desafia os princípios básicos do urbanismo. Argumenta-se que a configuração proposta pode não apenas limitar a interação social e a coesão comunitária, mas também resultar em uma distribuição desigual de recursos e acessibilidade dentro da cidade.
* Com informações de The Economist, The Guardian e How Stuff Works
Comentários estão fechados.