Vida sexual das moscas está sendo afetada e o motivo é BIZARRO

Em estudos anteriores, havia-se sugerido que diversas espécies de moscas-das-frutas são bissexuais.

Um estudo liderado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Ecologia Química, na Alemanha, e publicado no periódico científico Nature Communications, aponta que a poluição está afetando a vida sexual das moscas.

O motivo é que altos níveis de ozônio, decorrentes de poluentes no ar, dificultam a comunicação por substâncias atrativas, fundamentais para o acasalamento de vários insetos. Com a poluição, as moscas-das-frutas machos têm dificuldade em identificar as fêmeas, o que impacta na reprodução dos animais.

Estudos anteriores haviam sugerido que diversas espécies de moscas-das-frutas são bissexuais, no entanto, a nova pesquisa descobriu uma relação mais direta com o gás tóxico.

Entenda o ozônio

O ozônio (O3) é um gás incolor que compõe a atmosfera terrestre. Ele é produzido naturalmente na atmosfera superior pela ação dos raios ultravioleta do Sol sobre o oxigênio molecular (O2).

No entanto, o ozônio também pode ser produzido artificialmente na superfície da Terra por meio de processos químicos que envolvem a interação de compostos orgânicos voláteis, óxidos de doença e luz solar.

Esses processos geralmente ocorrem em áreas urbanas e industrializadas e podem levar à formação do chamado “ozônio troposférico”, que é um poluente atmosférico prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente.

O ozônio troposférico é irritante para os olhos e para as vias respiratórias e pode causar problemas respiratórios, como asma e bronquite. Além disso, o ozônio é prejudicial às plantas e aos insetos.

O estudo mostrou 50 moscas macho a 100 partes por bilhão (ppb) de ozônio (níveis médios globais de ozônio ficam entre 12 e 67 ppb) por duas horas. O ozônio reduziu drasticamente a presença de um feromônio chamado cis-Vaccenyl Acetate (cVA) nas moscas.

Dessa forma, com o resultado, os machos do ozônio demoraram o dobro de tempo para serem escolhidos pelas fêmeas.

Markus Knaden, que liderou o estudo, disse que o macho se anuncia com feromônios.

”Quanto mais ele produz, mais atraente ele se torna para a fêmea”, revelou.

Assim, os cientistas perceberam que os machos não conseguiam sequer distinguir eles próprios das fêmeas por conta de toda a poluição.

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